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Qualidade de vida relacionada à saúde, depressão e senso de coerência de pacientes, antes e seis meses após revascularização do miocárdio

Gois, Cristiane Franca Lisboa

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto 2009-06-24

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Qualidade de vida relacionada à saúde, depressão e senso de coerência de pacientes, antes e seis meses após revascularização do miocárdio
  • Autor: Gois, Cristiane Franca Lisboa
  • Orientador: Dantas, Rosana Aparecida Spadoti
  • Assuntos: Cirurgia Torácica; Depressão; Qualidade De Vida; Depression; Quality Of Life; Thoracic Surgery
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: A cirurgia de revascularização do miocárdio (CRVM) é um procedimento indicado para pacientes com angina pectoris não controlada com o tratamento clínico e para pacientes com elevado grau de obstrução das artérias principais. A cirurgia visa a melhorar a qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) dos pacientes, aliviar os sintomas da angina e aumentar a sobrevida, sobretudo dos pacientes de maior risco. No contexto do paciente coronariopata, a depressão tem sido relacionada como um preditor de pior QVRS, enquanto o senso de coerência (SC) tem sido associado a melhor QVRS e menor depressão. Objetivos: Avaliar a QVRS, depressão e SC, antes e seis meses após a CRVM e investigar as associações entre essas variáveis. Casuística e método: Estudo observacional e prospectivo, realizado em um hospital-escola no interior do Estado de São Paulo, desenvolvido entre os meses de setembro de 2006 e abril de 2008. A amostra foi constituída por 54 pacientes que fizeram parte das duas avaliações. Foram utilizados três instrumentos de medida: para avaliação da QVRS, o Medical Outcomes Study 36 - item Short-Form (SF-36), para a depressão, o Inventário de Depressão de Beck (IDB) e para o SC, o Questionário de Senso de Coerência de Antonovsky de 29 itens (QSCA). Os dados foram coletados por meio de entrevistas. Posteriormente, foram sumarizados por meio de estatística descritiva e analisados pelo teste de correlação de Pearson e teste t. A análise de regressão hierárquica foi realizada para verificar as associações entre a depressão, seis meses após a cirurgia, o sexo, idade, depressão préoperatória e SC, as quais se mostraram estatisticamente significantes nas análises bivariadas. O nível de significância adotado foi 0,05. Resultados: Os participantes eram, predominantemente, do sexo masculino, casados e com baixo nível de escolaridade. As médias obtidas, nos oito domínios do SF-36, foram maiores na segunda avaliação, quando comparadas ao pré-operatório, sendo as diferenças estatisticamente significantes. A medida de depressão foi maior antes do que após cirurgia (p=0,01) e não houve alteração na medida do SC (p=0,51). No préoperatório, as mulheres apresentaram menor avaliação da QVRS nos componentes do SF-36, exceto para Aspectos emocionais (p=0,68). A idade apresentou correlação moderada e positiva com o Estado geral de saúde (r=0,342, p=0,01) e com o SC (r=314, p=0,02), enquanto que moderada e negativa com a medida de depressão (r= -0,307, p=0,02). Após seis meses, os homens apresentaram melhor avaliação em todos os componentes do SF-36, sendo essa diferença estatisticamente significativa para Aspectos físicos (p=0,04), Dor (p=0,02), Estado geral de saúde (p=0,01) e Vitalidade (p=0,04). A idade demonstrou correlação positiva e forte com Estado geral de saúde (r=570, p=0,00) e moderada com Saúde mental (r=0,388, p=0,00). Para testar se a presença de depressão, seis meses após a cirurgia, associava-se com a depressão existente no pré-operatório, bem como com as variáveis sexo e idade, foi realizada regressão linear hierárquica cujo resultado mostrou que 49% da variância da medida de depressão, seis meses após a cirurgia, era explicada por essas variáveis. Com a inclusão da medida de SC no modelo constatou-se que essa variável explicou sozinha 18,7% da variância da medida de depressão, após o ajuste das demais variáveis. Conclusão: A QVRS melhora seis meses após a CRVM, assim como há diminuição da depressão, enquanto o SC não apresentou alteração, confirmando a estabilidade do constructo. Após o ajuste no modelo de regressão para as variáveis: sexo, idade e depressão no pré-operatório, o SC explica 18,7% da depressão pós-operatória, resultado importante em se tratando de uma variável psicossocial.
  • DOI: 10.11606/T.22.2009.tde-18082009-122253
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto
  • Data de criação/publicação: 2009-06-24
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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