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Eolianitos Quaternários do Nordeste do Brasil

Espinel Arias, Valentina

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Geociências 2021-01-15

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Eolianitos Quaternários do Nordeste do Brasil
  • Autor: Espinel Arias, Valentina
  • Orientador: Giannini, Paulo Cesar Fonseca
  • Assuntos: Algas Vermelhas; Paleodunas Carbonáticas; Paleoclima Quaternário; Nível Relativo Do Mar; Datações; Cimentação Móldica; Dating; Moldic Cementation; Carbonate Paleodunes; Quaternary Paleoclimate; Red Algae; Relative Sea Level
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: A costa do Nordeste do Brasil encontra-se sob influência dos ventos que sopram para a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) e que têm favorecido a formação, no Quaternário tardio, de sistemas deposicionais eólicos. Nas áreas com aporte bioclástico, como Piauí e parte de Ceará e Rio Grande do Norte, na porção continental da costa, e o Arquipélago de Fernando de Noronha, na porção insular, estes sistemas incluem eolianitos, os quais foram aqui caracterizados quanto a paleoventos, fácies deposicionais, granulometria, petrografia, MEV, teor de carbonato, minerais pesados e cronologia via 14C e LOE. Os eolianitos continentais associam-se à plataforma interna mista em rampa, de caimento suave (<1°), a qual se prolonga na área emersa, onde gera amplo espaço de acumulação eólica e favorece o desenvolvimento de planícies deflacionárias com quilômetros de extensão; os afloramentos resultam extensos, com poucos metros de espessura, dominados por fácies com estratificações cruzadas de ângulo baixo, atribuídas sobretudo a rastros lineares residuais. Os eolianitos insulares associam-se a plataforma carbonática isolada estreita (menos de 10 km), com bordas recifais e taludes acentuados; por se tratar de ilhas de rochas vulcânico-piroclásticas de idade quaternária, com relevo acidentado, a área de acumulação eólica é limitada, o que faz com que os afloramentos sejam menos extensos e de maior espessura, predominando fácies de cruzadas de ângulo alto, inclusive com preservação da crista da forma de leito. Eolianitos continentais e insulares têm em comum a presença de algas vermelhas como tipo de grão intraclástico dominante e de cimento calcítico precoce, formado em condições meteóricas vadosas, nos depósitos holocenos, e vadosas a freáticas, nos pleistocenos. Principalmente nos eolianitos pleistocenos, inversões de idades 14C entre bioclasto e cimento, associadas à presença de pseudomorfos de bioclastos formados por preenchimento móldico, indicam que a história diagenética teve pelo menos três fases: cimentação micrítica interpartícula precoce, sob condições de relativa aridez; dissolução móldica em fase de aumento e/ou de auge de umidade; e preenchimento dos poros por espato ou microespato no início do novo ciclo de queda de umidade. Dentre os eolianitos continentais, as idades variam entre 7,0 ka e 14 anos, nos afloramentos menos consolidados, com forma preservada de cordão; e entre 86,2 a 40,7 ka, compatíveis com os MIS 5 e 3, nos fortemente consolidados, que ocorrem em falésias costeiras. Já nos eolianitos insulares, duas modas de idades 14C (entre 46,1 e 21,7 ka cal AP e de 18,7 a 5,3 ka cal AP) foram encontradas, a primeira delas inclusive em bioclastos sem inversão de idade com o cimento, o que permite sugerir deposição no evento MIS 3.
  • DOI: 10.11606/T.44.2021.tde-15032021-104433
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Geociências
  • Data de criação/publicação: 2021-01-15
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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