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Escolhas maternas sobre os tipos de cuidado da criança no primeiro ano de vida

Prado, Nayara Cristina Pereira Henrique

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto 2022-11-25

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Escolhas maternas sobre os tipos de cuidado da criança no primeiro ano de vida
  • Autor: Prado, Nayara Cristina Pereira Henrique
  • Orientador: Mello, Débora Falleiros de
  • Assuntos: Saúde Da Criança; Mãe; Família; Educação Infantil; Desenvolvimento Infantil; Child Rearing; Family; Child Health; Mother; Child Development
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: O objetivo foi investigar as escolhas maternas quanto aos tipos de cuidado da criança em creche e não creche no primeiro ano de vida, diante de expectativas referidas e decisões tomadas, tendo em vista fornecer subsídios para a atenção integral à saúde da criança e promoção do desenvolvimento infantil. Estudo longitudinal prospectivo, descritivo e analítico, desenvolvido a partir de entrevistas realizadas em visitas domiciliares, com coleta de dados de 219 mulheres, no último trimestre da gestação (etapa um), no primeiro mês após nascimento (etapa dois), no 3º-4º mês (etapa três) e no 12º mês (etapa quatro) de vida das crianças, no período de novembro de 2018 a março de 2020. Foram investigados dados sociodemográficos e tipos de cuidado da criança pretendidos e realizados, com análise estatística descritiva e utilização do Modelo de Regressão Logística Longitudinal via Equações de Estimação Generalizada. A variável de interesse - opção do tipo de cuidado da criança - foi categorizada de forma binária em Creche e Não Creche, e foi coletada ao longo do tempo com as mesmas participantes. Em todos os testes de hipóteses e intervalos de confiança, foi considerado o nível de significância de 5%. Os resultados mostram queda da opção Creche no decorrer das etapas analisadas e foi expressiva para as participantes jovens (18-25 anos de idade), primigestas, com ensino fundamental ou médio, residindo junto com um companheiro, com e sem rede de apoio e as que informaram renda familiar baixa. Ao longo do primeiro ano de vida, a opção Creche foi tendo sua porcentagem de escolha reduzida. A opção Não Creche, expressa como desejo, foi relativamente similar nas etapas um, dois e três do estudo. Efetivamente, a Creche foi uma realidade de cuidado para pequena parcela das crianças. O modelo de regressão verificou os efeitos de interação, sendo que entre o 12º mês de vida da criança e a utilização de serviços de saúde privados e entre o 3º-4º mês de idade da criança e a mãe trabalhar fora de casa foram estatisticamente significantes. A interação entre o 12º mês e uso de serviços de saúde privados foi estatisticamente significante, tendo as mães que utilizavam o Sistema Único de Saúde (SUS) e os serviços de saúde privados se comportado de maneira diferente entre a gestação e o 12º mês de vida da criança. As mães que utilizavam o SUS não seguiram o que desejavam na gestação e as mães que utilizavam serviços de saúde privados foram mais fiéis ao que desejavam na gestação. A interação apresentou-se estatisticamente significante quando as mães que trabalhavam fora de casa começaram a optar mais por não colocar a criança na creche a partir do 3º-4º mês de idade da criança, em relação à gestação. Na gestação, a minoria das mães que não trabalhavam fora de casa não planejava colocar a criança na creche, o que não aconteceu no 3º-4º mês de idade da criança. A maioria das mulheres participantes não matriculou a criança, não gostaria de matriculá-la e não estava aguardando vaga em uma creche. Das que matricularam as crianças no primeiro ano de vida infantil, grande parte não teve que esperar por vaga. A maioria das mães que não gostaria de matricular tinha expectativa de que até os dois anos de idade iria inserir a criança em uma creche. As conclusões demonstram que, com o passar do tempo, o desejo das mulheres de inserir a criança em creches diminuiu e as variáveis trabalho materno e tipo de serviço de saúde acessado apresentaram influência nas chances das suas escolhas. Os achados do estudo são importantes para subsidiar a atenção integral à saúde da criança junto aos cuidadores parentais e as ações intersetoriais entre saúde e educação, esclarecendo e fortalecendo as escolhas e as decisões para que sejam mais vinculadas à relevância da promoção do desenvolvimento infantil.
  • DOI: 10.11606/T.22.2022.tde-08032023-164437
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto
  • Data de criação/publicação: 2022-11-25
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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