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Correlações genéticas e fenotípicas em progênies de meios irmãos de milho (Zea mays L.) e suas implicações com o melhoramento

Queiroz, Manoel Abilio De

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz 1969-12-22

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Correlações genéticas e fenotípicas em progênies de meios irmãos de milho (Zea mays L.) e suas implicações com o melhoramento
  • Autor: Queiroz, Manoel Abilio De
  • Orientador: Paterniani, Ernesto
  • Assuntos: Correlação Genética E Fenotípica; Cruzamento Vegetal; Melhoramento Genético Vegetal; Milho; Progênies
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: O experimento que proporcionou os dados necessários ao presente trabalho foi conduzido na Fazenda Taquaral, Piracicaba, no ano agrícola 1968/69. Este experimento foi constituído de 100 tratamentos, compreendendo 96 progênies de meios irmãos da população Dentado Composto A e 4 testemunhas representadas por dois híbridos comerciais (H6999 B e Agroceres 17) e duas variedades melhoradas (Centralmex e Piramex). O delineamento experimental utilizado foi um látice simples 10 x 10 com 4 repetições. Uma vez que a população Dentado Composto A segrega grãos amarelos e brancos cada tratamento, correspondendo à progênie de uma espiga foi dividido em dois sub-tratamentos: um correspondente às progênies amarelas, e outro, às progênies brancas. Foram estimadas todas as correlações fenotípicas e genéticas entre os seguintes caracteres referentes às progênies amarelas e brancas: altura da planta, altura da espiga, número de fileiras, número de grãos por fileira, número total de grãos por planta, pêso do grão e pêso total de grãos por planta. A influência do número de espigas na produção para progênies amarelas e brancas foi verificada através de uma análise de regressão. Também foram estimados os coeficientes de herdabilidade no sentido restrito para os vários caracteres em estudo bem como os respectivos ganhos genéticos esperados com o emprêgo da seleção entre e dentro de famílias de meios irmãos. O cálculo do ganho genético esperado na produção entre indivíduos dentro de progênies foi feito utilizando-se a relação ☌2d ≅ 5 ☌2e, encontrada nêste trabalho. Tôdas as estimativas correspondentes às progênies amarelas foram feitas separadamente das estimativas referentes às progênies brancas. As possíveis tendências introduzidas nas estimativas dos componentes de variâncias e covariâncias genéticas são discutidas. Tais tendências são devidas às interações de progênies x locais, progênies x anos e de progênies x locais x anos. Os resultados obtidos suportam as seguintes conclusões: 1 - O progresso genético esperado na produção através da seleção entre e dentro de famílias de meios irmãos apresentou um valor em torno de 6%, tanto para progênies amarelas como para as progênies brancas. Para os demais caracteres os valôres dos progressos genéticos esperados alcançaram em alguns casos, valôres mais altos (cêrca de 17%). 2 - Para o número total de grãos por planta o progresso esperado foi um pouco superior a 3%, resultante da seleção entre e dentro de famílias de meios irmãos aplicada à produção, tanto para progênies amarelas como para progênies brancas. Para os demais caracteres, a resposta correlacionada foi muito pequena, ao redor de 1%, tanto para progênies amarelas como brancas, exceção feita ao peso do grão nas progênies amarelas onde esse valor foi de aproximadamente 3%. 3 - A relação entre a variância da produção entre individuas dentro de sub-parcelas (☌2d) e a variância entre sub-parcelas (☌2e) foi de aproximadamente cinco para progênies amarelas e brancas. O emprêgo desta relação (☌2d) = (5☌2e) super estima o progresso genético esperado na produção dos indivíduos dentro de progênies em relação ao que é obtido com o emprêgo da relação (☌2d) – 10 (☌2e), obtida em trabalhos norteamericanos. 4 - O número total de grãos por planta apresentou-se associado com a produção tanto genética como fenotipicamente entre e dentro de progênies. Êste resultado, aliado à sua maior herdabilidade com relação à produção, mostra a possibilidade de se aumentar a produtividade com seleção para êste caráter. Ainda, o número total de grãos foi o componente que exibiu uma influência consistente para progênies amarelas e brancas. 5 - O número de grãos por fileira apesar de apresentar-se fenotípica e geneticamente correlacionado com a produção, a seleção entre e dentro de progênies aplicada diretamente nêste carater resultaria pouco eficiente no aumento da produtividade tendo em vista sua herdabilidade de magnitude semelhante à da produção. A situação é análoga para as progênies amarelas e brancas. 6 - O peso do grão mostrou-se fenotipicamente associado com a produção. Entretanto, não apresentou significância consistente na correlação genética com produção para as progênies amarelas e brancas. Para as progênies amarelas espera-se que a seleção entre e dentro de famílias de meios irmãos aplicada neste caráter seja eficiente no aumento da produtividade, enquanto que para as progênies brancas espera-se apenas um pequeno aumento. 7 - Apesar da alta herdabilidade do número de fileiras em relação à da produção, a baixa correlação tanto fenotípica como genética impede a elevação da produtividade selecionando para êste caráter entre e dentro de progênies tanto para progênies amarelas como brancas. 8 - A prolificidade mostrou ser um caráter de grande significância no aumento da produtividade para progênies amarelas e brancas. Em virtude desta importância é desejável proceder a seleção para prolificidade visando ao aumento da produtividade tanto nas progênies amarelas como nas progênies brancas. 9 - A baixa correlação fenotípica e genética entre produtividade e altura da planta e espiga evidenciam a possibilidade de se obter milhos com bôa capacidade produtiva sem contudo, apresentarem grande altura da planta ou da espiga. Ainda, a alta correlação entre altura da planta e da espiga, mostra que a seleção entre e dentro de progênies de meios irmãos aplicada para obter plantas de espigas mais baixas será também eficiente para reduzir a altura da planta. Estas conclusões são válidas para as progênies amarelas e brancas. 10 - Face à concordância nas estimativas dos diversos parâmetros para as progênies amarelas e brancas, espera-se que as possibilidades de melhoramento sejam igualmente promissoras nas progênies amarelas e brancas.
  • DOI: 10.11606/D.11.1969.tde-20240301-153018
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz
  • Data de criação/publicação: 1969-12-22
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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