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A fabricação da pintura de Manet a Rothko
Luiz Renato Martins Paulo Eduardo Arantes
2000
Localização:
FFLCH - Fac. Fil. Let. e Ciências Humanas
(T MARTINS, L.R. 2000 v.2 )
(Acessar)
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Título:
A fabricação da pintura de Manet a Rothko
Autor:
Luiz Renato Martins
Paulo Eduardo Arantes
Assuntos:
PINTURA
;
MODERNISMO
Notas:
Tese (Doutorado)
Descrição:
O trabalho investiga os processos produtivos na arte moderna. Enfoca, a partir desse ângulo e não daquele da obra pronta e contemplável, a produção de alguns artistas decisivos da arte moderna. Para isso, repõe, antes, cada uma das obras estudadas no respectivo contexto histórico, no período situado entre os idos de 1850 e o final da década de 1960; e também, como parte da reaproximação histórica desse material, refaz, resumidamente, a história crítica de cada objeto, reelaborando o solo da tradição interpretativa em que cada uma dessas obras se apresenta para o observador de hoje. Na arte moderna estabelece-se a primazia dos processos produtivos sobre o valor precário da forma final e a obra acabada constitui uma característica secundária, deixando de ser um fim em si, para valer como documento de um processo. A liquidação crítica correlata do modelo ideológico da contemplação torna as obras não objetos de contemplação, mas propostas estéticas de reflexão sobre a produção. Buscando se confrontar com os juízos formalistas e com os princípios da teoria da "pura visibilidade", que se fundam na idéia de contemplação e são responsáveis pela visão mais aceita e difundida das artes plásticas no período abordado, o trabalho reexamina as leituras específicas que constituiram os pilares da história formalista da arte moderna: Manet como origem da arte moderna; o opticalismo como o apanágio do impressionismo; Cézanne como uma espécie de clássico do modernismo; e o cubismo
como estilo fundamentalmente abstrato. A investigação evolui a seguir para a discussão do expressionismo abstrato como o desenlace da arte moderna. Todos os cinco capítulos buscam desenvolver alternativas interpretativas ao formalismo. O partido investigativo adotado destaca, como principal fio condutor da arte moderna, o realismo, redefinido, segundo Tarabukin e Argan, a aprtir do deslocamento do princípio da mímesis para o da poiesis, como fazer. ) Deste modo, a investigação supõe a mudança do eixo da verossimilhança, que abandona a idéia do conteúdo, para adotar a verossimilhança da história produtiva da forma do trabalho de arte; noutras palavras, o foco da investigação se dirige assim para a realidade da produção de um objeto genuíno e atual. Assim, observa nos pintores cujas obras são focalizadas nos capítulos 1, 2 e 3, Manet, Monet, Cézanne, Van Gogh, Braque e Picasso, distintas etapas de uma reflexão crítica, voltada para a atualização do realismo como explicitação de processos de produção. Mesmo Pollock e Rothko, os alvos dos capítulos 4 e 5, são situados no curso desta linha, de redefinição do realismo como explicitação da produção, desenvolvida a partir dos desdobramentos crítico-reflexivos dos princípios realistas e à luz da crise da figuração e da dialética entre figuração e abstração, como crise de valores históricos gerais
Data de criação/publicação:
2000
Formato:
2 v.
Idioma:
Português
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