skip to main content

Os tambores dos mortos e os tambores dos vivos. Etnografia, antropologia e política em Ilhéus, Bahia

Goldman, Marcio

Revista de antropologia (São Paulo), 2003, Vol.46 (2), p.445-476 [Periódico revisado por pares]

Departamento de Antropologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo

Texto completo disponível

Citações Citado por
  • Título:
    Os tambores dos mortos e os tambores dos vivos. Etnografia, antropologia e política em Ilhéus, Bahia
  • Autor: Goldman, Marcio
  • Assuntos: ANTHROPOLOGY ; Bahia ; etnografia ; movimento negro ; política ; trabalho de campo
  • É parte de: Revista de antropologia (São Paulo), 2003, Vol.46 (2), p.445-476
  • Descrição: O objetivo último deste texto é refletir sobre a possibilidade de manter ponto de vista antropológico tradicional, quando o objeto observado faz parte do coração da sociedade do observador. Essa reflexão é efetuada por meio de um confronto entre algumas discussões mais ou menos clássicas sobre a observação antropológica e minha experiência de campo, pesquisando eleições e participação politica dos movimentos negros em Ilhéus, no sul da Bahia. Deixando de lado qualquer preocupação normativa, trata-se, através desse confronto, de tentar equacionar urna série de questões cruciais para a antropologia contemporânea: será efetivamente possível assumir um olhar distanciado em relação a algo tão central para observador quanto a democracia representativa? De que forma e seguindo que procedimentos? Existe alguma diferença entre estudar um grupo de "crentes" (no candomblé, por exemplo) sendo "cético" e um grupo de "céticos" (na política, por exemplo) sendo "crente"? As supostas diferenças de escala entre objetos, grupos ou sociedades devem inevitavelmente afetar os procedimentos de pesquisa? This paper questions whether it is possible holding on to a traditional anthropological point of view when the phenomenon observed lies at the heart of the observer's society. For this purpose, I assess various classical contributions to the debate on anthropological observation with relation to my own fieldwork experience, drawn from my study of political participation and elections amongst black movement activists in Ilhéus, southern Bahia, Brazil. Leaving aside any normative intentions, I lay out some critical issues to current anthropology, such as the following: Is it effectively possible to adopt "a view from afar" when facing something as central to the observer's society as representative democracy? If so, in which way and following which procedures? What is the difference, if any, between the study of a group of "believers" (for instance, in Candomblé) by a "skeptical" observer, and the study of "skepticals" (for instance, in politics) by a "believer" observer? Do differences of scale between objects of study, groups or societies inevitably affect research procedures?
  • Editor: Departamento de Antropologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo
  • Idioma: Português;Inglês

Buscando em bases de dados remotas. Favor aguardar.