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Achados videofluoroscópicos, condição nutricional e qualidade de vida em pacientes com Acidente Vascular Encefálico

Pacheco, Aline Cristina

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto 2013-04-18

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Achados videofluoroscópicos, condição nutricional e qualidade de vida em pacientes com Acidente Vascular Encefálico
  • Autor: Pacheco, Aline Cristina
  • Orientador: Pontes Neto, Octávio Marques
  • Assuntos: Achados Videofluoroscópicos; Acidente Vascular Encefálico; Desnutrição; Qualidade De Vida; Dysphagia; Impaired Nutritional Status; Quality Of Life; Stroke
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: Introdução: O Acidente Vascular Encefálico (AVE) é uma das doenças que mais mata e incapacita pessoas no Brasil e no mundo. A presença de disfagia orofaríngea é comum em pacientes com AVE, ocorrendo em 45-65% dos casos. Destes pacientes, 45 a 68% morrem dentro de seis meses devido a complicações nutricionais e pulmonares. Além da alta mortalidade, a disfagia confere um alto risco de infecção, desnutrição, maior tempo de internação e institucionalização, e, consequentemente, maior custo ao serviço de saúde. Os pacientes com AVE podem ter a mais básica das funções socioculturais afetada: a habilidade de comer e beber. Esta restrição vivenciada no dia-a-dia também pode trazer sentimentos de frustração, desânimo, vergonha e constrangimento, gerando um impacto variável na qualidade de vida destes pacientes. Objetivos: Determinar os achados videofluoroscópicos da deglutição mais frequentes em pacientes com AVE; identificar o prejuízo na condição nutricional e na qualidade de vida nesta população; e analisar os possíveis fatores associados a estas complicações. Casuística e métodos: Avaliamos 30 pacientes consecutivos com AVE admitidos na Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto USP entre agosto de 2011 e janeiro de 2012, cerca de 30 dias após o ictus. Os aspectos neurológicos foram avaliados por meio de exames de neuroimagem e escalas neurológicas (NIHSS, Escala de Coma de Glasgow e escala de Rankin modificada). A deglutição foi avaliada através do exame de videofluoroscopia. O estado nutricional e a qualidade de vida foram avaliados, respectivamente, pelo instrumento MNA® e questionário SWAL-QOL. Outros instrumentos validados na literatura como o MEEM e a Escala de Depressão Geriátrica foram utilizados na avaliação dos pacientes. Resultados: Observamos que os pacientes avaliados apresentaram alta prevalência de queixa para deglutir. As alterações na fase oral da deglutição associaram-se a lesões no hemisfério esquerdo, enquanto que alterações na fase faríngea com lesões no hemisfério direito. Verificamos ainda que a maioria dos pacientes (56%) apresentou prejuízo nutricional, sendo que este se associou, na análise univariada, à alteração cognitiva (p=0,01), depressão (p=0,02), incapacidade funcional (p=0,03); e associou-se independentemente, na análise de regressão logística multivariada, com pior pontuação na escala NIHSS (p=0,02) na admissão hospitalar e presença de resíduos em recessos faríngeos (p=0,04). Os pacientes avaliados também apresentaram pior qualidade de vida em relação a idosos saudáveis. A presença de aspiração laringo-traqueal e desnutrição foram associadas a pior pontuação no domínio fadiga da qualidade de vida. Conclusões: Os achados videofluoroscópicos mais frequentes nesta amostra de pacientes com AVE foram presença de penetração laríngea, seguido de resíduos em recessos faríngeos. Algumas alterações na deglutição ao exame videofluoroscópico estão associadas ao topografia da lesão encefálica. Prejuízo nutricional é frequente em pacientes com AVE e está associado com a gravidade do AVE e com alguns achados videofluoroscópicos. A presença de aspiração e desnutrição estão associadas a prejuízo em certos domínios da qualidade de vida dos pacientes com AVE.
  • DOI: 10.11606/D.17.2013.tde-21102013-115011
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
  • Data de criação/publicação: 2013-04-18
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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