Avaliação de protocolo quimioterápico para tratamento de leucemia promielocítica aguda na infância e adolescência
ABCD PBi
Avaliação de protocolo quimioterápico para tratamento de leucemia promielocítica aguda na infância e adolescência
Autor:
Breviglieri, Carla Nolasco Monteiro
Orientador:
Cristofani, Lilian Maria
Assuntos:
Ácido All-Trans-Retinóico
;
Leucemia Promielocítica Aguda
;
Criança
;
Coagulação Intravascular Disseminada
;
Antraciclinas
;
Mortalidade Precoce
;
Child Leukemia Promyelocytic
;
Anthracyclines
;
All-Trans-Retinoic Acid
;
Disseminated Intravascular Coagulation
;
Early Mortality
;
Acute
Notas:
Dissertação (Mestrado)
Descrição:
Objetivo: Avaliar os resultados de sobrevida global e sobrevida livre de eventos das crianças e adolescentes tratados por protocolo de tratamento da leucemia promielocítica aguda utilizado no Serviço de Onco-hematologia Pediátrica do Instituto da Criança do HCFMUSP/ Instituto de Tratamento do Câncer Infantil. Descrever características clínicas, avaliar resposta ao tratamento em cada fase do tratamento, assim como fatores de risco e descrição dos principais eventos adversos e toxicidades. Métodos: Trata-se de estudo restrospectivo realizado por análise de prontuários, com avaliação de todos os pacientes tratados de forma uniforme entre 2000-2018. O protocolo utilizado baseia-se na modificação do esquema de tratamento clássico realizado no protocolo AIDA, com redução em 1 ano no tempo de tratamento, redução do número de quimioterápicos utilizados e estratégia para redução da mortalidade precoce postergando o início da antraciclina. Resultados: Trinta e dois pacientes foram tratados. Maioria do sexo feminino (56,3%), com mediana de idade de 12 anos, sendo 34.3% pertencentes ao grupo de alto risco. Dois pacientes tinham variante hipogranular, e 3 tinham outra alteração citogenética além da t(15;17). A mediana do início da primeira dose de antraciclina foi de 7 dias. Houve 2 óbitos (6,25%) relacionados à mortalidade precoce associadas à sangramento de SNC. Vinte e nove (29/30) tiveram remissão morfológica após a indução, e todos os pacientes alcançaram remissão molecular após período de consolidação. Cinco crianças (15,6%) preencheram critérios para síndrome de diferenciação, e seis para pseudotumor cerebral (18,75%). Duas crianças recaíram de sua doença e foram resgatadas com trióxido de arsênico e transplante de células tronco hematopoiéticas. O único fator que teve impacto em sobrevida foi a presença de CIVD ao diagnóstico (p=0.031). A sobrevida global foi de 88,4%, e a sobrevida livre de eventos de 89,3% em 5 anos. Conclusões: Os resultados de sobrevida foram comparáveis aos encontrados em grandes ensaios clínicos multicêntricos prospectivos e com menor mortalidade precoce quando comparados aos resultados encontrados em outros centros brasileiros. Não houve doença refratária ao tratamento. O único fator associado à piora de sobrevida foi a presença de CIVD. As toxicidades encontradas ocorreram dentro do previsto em literatura
DOI:
10.11606/D.5.2022.tde-25112022-101544
Editor:
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina
Data de criação/publicação:
2022-07-06
Formato:
Adobe PDF
Idioma:
Português
Disponível na Biblioteca:
FM - Fac. Medicina (https://doi.org/10.11606/D.5.2022.tde-25112022-101544 )