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Estratégias do falso: realidade possível em Henry James e Machado de Assis

Parreira, Marcelo Pen

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas 2007-08-24

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Estratégias do falso: realidade possível em Henry James e Machado de Assis
  • Autor: Parreira, Marcelo Pen
  • Orientador: Simon, Iumna Maria
  • Assuntos: Revue Des Deux Mondes; Realismo; Modernidade; Machado De Assis; Henry James; Modern Era; Realism; Revue Des Deux Mondes
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: Surgidos na arena literária em pleno realismo, Machado de Assis e Henry James, contemporâneos entre si, apontaram em suas melhores obras um caminho diferente do preconizado pela nova escola. Esta tese procura compreender como, ao abraçar um programa estético supostamente conservador, esses escritores romperam com os padrões artísticos em voga em sua época, sem incorrer em procedimentos passadistas, mas, ao contrário, fazendo a ponte com a modernidade. Um dos caminhos é o exame da publicação francesa Revue des Deux Mondes, que ambos apreciavam. Órgão conservador, a revista foi durante décadas foco de ataques ao realismo e, depois, defensora de um realismo mitigado, que combinasse observação da realidade e a defesa do chamado ideal na arte. A análise procura aproximar a proposta estética da Revue das idéias críticas de James e de Machado, com o fito de decifrar como esses escritores conseguiram plasmar, em suas telas, um estado de coisas crepuscular, valendo-se de procedimentos expressivos inovadores. A tese investiga pontos de contato e de divergência entre os dois autores, sobretudo em seus romances The Ambassadors e Memorial de Aires, mas recorre também a uma série de outras narrativas longas e curtas. Detém-se, em especial, em obras iniciais da trajetória de ambos - Ressurreição, de Machado de Assis, e Eugene Pickering, de James. Na argumentação reúnem-se aspectos históricos e sociais em cujo cadinho formou-se a era moderna. Tais tópicos corroboram a análise de cena feita de The Ambassadors e do Memorial, em que se destacam considerações de ordem formal e de enredo. James e Machado buscam refúgio em técnicas sutis de apreensão da realidade, em que o elemento oculto tem tanto valor (ou mais) quanto o manifesto, e em que um tipo de leitura alegórica faz todo sentido. Desse modo, interessa menos uma discussão sobre conservadorismo ou progressismo, inclusive no setor das idéias, do que o desencanto que as páginas de ambos destilam em relação à civilização burguesa. É esse desencanto, ainda, plasmado na substância de expressão, que melhor se conjuga com as estratégias narrativas postas em prática por James e por Machado.
  • DOI: 10.11606/T.8.2007.tde-20032008-104131
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
  • Data de criação/publicação: 2007-08-24
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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