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Dialogando com Amanda contribuições da teoria histórico-cultural na compreensão de uma jovem com síndrome de Down

Iracema Neno Cecilio Tada Marilene Proença Rebello de Souza

2005

Localização: IP - Instituto de Psicologia    (T RJ506.D68 T121d e.2 )(Acessar)

  • Título:
    Dialogando com Amanda contribuições da teoria histórico-cultural na compreensão de uma jovem com síndrome de Down
  • Autor: Iracema Neno Cecilio Tada
  • Marilene Proença Rebello de Souza
  • Assuntos: SÍNDROME DE DOWN; EDUCAÇÃO ESPECIAL; INCLUSÃO SOCIAL; PSICOLOGIA CULTURAL
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: Pesquisas realizadas com o adulto com síndrome de Down são poucas, ainda mais tendo o próprio como porta-voz de sua condição de deficiente. Escutar esse adulto, conhecer o seu cotidiano, saber como organiza a sua vida e planeja o seu futuro, a maneira como se relaciona com seus familiares, amigos e professores, assim como, compreender como ele se sente como pessoa, tendo em vista possuir uma deficiência mental e traços físicos característicos da síndrome, distintos dos traços familiares, poderá levar a uma reflexão e avaliação sobre as nossas atitudes frente às pessoas com deficiência. Nesse sentido, a contribuição da teoria histórico-cultural do desenvolvimento humano é valiosa, por falar da educação social, da cooperação entre as pessoas, da aprendizagem mediada, que colaboram para o desenvolvimento e para a valorização da pessoa com deficiência, a fim de que ela possa apropriar-se da cultura e tornar-se participativa da comunidade na qual se encontra inserida. Esta pesquisa caracteriza-se como um estudo de caso que teve como participante Amanda, uma jovem com síndrome de Down, de 24 anos de idade, inserida no Ensino Regular da rede privada de ensino, em Porto Velho/RO. Utilizaram-se como instrumentos para a obtenção de informações: o diário de campo, entrevistas semi-estruturadas gravadas em áudio, análise documental, observação-participante e encontros dialógicos. As vozes de sua mãe, avós paternos e de alguns professores também foram ouvidas, buscando compreender
    como era constituída a relação social entre eles. Na análise, foi possível perceber que a relação social entre Amanda e as pessoas que fazem parte do seu dia-a-dia tende a ser mediada pela deficiência, apresentando três pontos de ambivalência: autonomia e heteronomia, confiança e desconfiança, atitudes oscilando entre o mundo adulto e infantil. Em geral, as amizades de Amanda restringem-se às crianças e adolescentes, sendo poucas as oportunidades de relacionamento com seus pares. A jovem, por sua vez, apresentou com a pesquisadora um discurso adulto com reflexões sobre problemas sociais. Sua mãe tem um papel importante na promoção de sua autonomia frente a uma sociedade preconceituosa. Na escola, práticas pedagógicas excludentes construídas historicamente foram observadas, o que pode ter contribuído para uma dificuldade da apreensão e internalização do saber sistematizado. Embora Amanda desenvolva atividades informais, como a confecção e venda de bijuterias bem elaboradas, demonstrando autonomia. e o desenvolvimento das funções psicológicas superiores, observamos que seus familiares parecem não acreditar na sua capacidade de vir a ser inserida no mercado formal de trabalho. Do ponto de vista teórico da abordagem histórico-cultural bem como da convivência com Amanda, podemos afirmar que a deficiência mental não a impede de participar efetivamente da sociedade na qual encontra-se inserida e de apropriar-se da cultura. Mas, para que isso
    ocorra, é fundamental que aqueles que fazem parte do seu dia-a-dia possibilitem situações de aprendizagem desafiadoras para o seu desenvolvimento
  • Data de criação/publicação: 2005
  • Formato: 227 p.
  • Idioma: Português

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