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Morar na rua: há projeto possivel?
Quintao, Paula Rochlitz
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Arquitetura e Urbanismo 2012-05-23
Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.
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Título:
Morar na rua: há projeto possivel?
Autor:
Quintao, Paula Rochlitz
Orientador:
Costa, Carlos Roberto Zibel
Assuntos:
Arquitetura
;
Planejamento Urbano E Habitação
;
Espaço Urbano - São Paulo
;
Exclusão Social
;
Planejamento Territorial Urbano
;
Morador De Rua (Aspectos Urbanísticos)
;
Morar Na Rua
;
And Housing Social Exclusion
;
Urban Planning
;
Homeless
;
City Dwelling
;
Architecture
;
Urban Space - São Paulo
Notas:
Dissertação (Mestrado)
Descrição:
A existência de pessoas que moram nas ruas é um fenômeno global complexo que envolve, entre outros, aspectos econômicos, sociais, políticos, psicológicos e urbanísticos. Este trabalho busca contribuir para o entendimento desse fenômeno ao analisá-lo sob a perspectiva da cidade de São Paulo. O morar na rua, suas origens, diversidade, transformações e sua consolidação como integrante do ambiente construído são elementos ainda pouco estudados, e que o presente trabalho busca contemplar. O que distingue esta pesquisa das outras feitas sobre o tema, é que o objeto de estudo é a cidade , ou seja, o morar na rua na cidade, e não o morador de rua, o indivíduo. Na medida em que o foco do trabalho é o espaço urbano, a metrópole, e que o morar na rua é uma realidade que não se pode ignorar, é papel de arquitetos e urbanistas incorporar estes cidadãos em seus projetos urbanos. O fato aparente é que as respostas que têm sido dadas ao problema - no caso de São Paulo, os albergues e casas de convivência - parecem insuficientes tanto para a compreensão quanto para resolução desse problema. Desse modo, o presente estudo tem o intuito de analisar o morar na rua em São Paulo a partir da compreensão do perfil dessa população, de suas demandas e formas de organização, discutindo as respostas dadas e as propostas urbanísticas existentes que a contemplem. A caracterização iniciou-se por uma pesquisa bibliográfica sobre o significado e a condição do morar na rua, e os diversos grupos que compõe esta população. Analisou-se então os diferentes tipos de equipamentos ofertados, as soluções existentes e a sua pertinência ao perfil de população encontrado. A análise da população dita \"em situação de rua\" mostra, primeiramente, que há pessoas que desejam sair dessa condição ou seja, para quem a situação de estar na rua é circunstancial, e outras que continuam a habitar as ruas como morada, por escolha própria. O segundo aspecto mostra que as respostas que têm sido dada para o primeiro grupo - albergues e casas de convivência - tem sido consideradas insatisfatórias. Já para o segundo grupo elas são inexistentes, pois esta hipótese não tem sido considerada. De qualquer forma mesmo que a questão do morar na rua seja transitória para um dado indivíduo, outros aparecerão, ou seja, há um contingente permanente de pessoas que habita os espaço público e para o qual se espera uma resposta, que o projeto urbano não tem dado conta. Para parte dessa população, a resposta é a oferta de meios que proporcionem sua saída das ruas. No entanto, o grande desafio diz respeito ao grupo que opta por viver nas ruas. Para o este, a cidade teria que assumir sua existência no território urbano e, mais que isso, aceitar o seu direito à cidade como inerente à cidadania plena. Para a formulação de propostas inovadoras faz-se necessário conhecer a fundo a população para a qual se está projetando valendo-nos de conceitos contemporâneos que vão além do campo da arquitetura e do urbanismo.
DOI:
10.11606/D.16.2012.tde-07082012-122947
Editor:
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
Data de criação/publicação:
2012-05-23
Formato:
Adobe PDF
Idioma:
Português
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