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Relatório de análise estatística sobre o projeto "clima e correlações com a morbidade respiratória em crianças na cidade de São Paulo"

Camila Yukie Takiyama Fernando Silveira Marques; Alexandre Galvão Patriota; Elisete da Conceicao Quintaneiro Aubin

São Paulo IME-USP 2017

Localização: IME - Inst. Matemática e Estatística    (https://repositorio.usp.br/item/002876577 )(Acessar)

  • Título:
    Relatório de análise estatística sobre o projeto "clima e correlações com a morbidade respiratória em crianças na cidade de São Paulo"
  • Autor: Camila Yukie Takiyama
  • Fernando Silveira Marques; Alexandre Galvão Patriota; Elisete da Conceicao Quintaneiro Aubin
  • Assuntos: ESTATÍSTICA APLICADA
  • Notas: Disponível em: https://repositorio.usp.br/directbitstream/93ea1e0a-4b82-4e51-bed4-22161eeb0104/2876577.pdf. Acesso em: 12 abr. 2021
  • Notas Locais: RAE-CEA-17P12
  • Descrição: Com o crescimento das cidades, a dinâmica atmosférica e os tipos de tempo no espaço urbano começaram a se modificar. Essas alterações climáticas acabam gerando ambientes confortáveis e desconfortáveis. Diversos atributos climáticos, como a temperatura do ar, velocidade do vento, umidade relativa, radiação solar, além da emissão excessiva de poluentes, influenciam no conforto térmico, no bem-estar e na saúde do homem. Sabe-se, por exemplo, que determinadas condições climáticas favorecem o agravamento de doenças do aparelho respiratório, as quais têm grande impacto no Brasil, em especial nos grupos mais suscetíveis (crianças e idosos), sendo a segunda maior causa de internações nos hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS). Para melhorar a qualidade de vida e o bem-estar da população, este estudo visa verificar a influência do clima e da poluição na morbidade respiratória em crianças na Cidade de São Paulo. O total de internações diário de crianças em hospitais públicos, no período de 2003 a 2013, foi utilizado para representar uma medida de morbidade respiratória. Tais internações foram divididas por tipos de doenças do aparelho respiratório que eventualmente estejam relacionadas com o clima. Os dados de clima coletados na região próxima de residência dessas crianças foram a precipitação, a temperatura, a umidade relativa e a velocidade do vento. A concentração de material particulado inalável no ar foi considerada como medida do parâmetro de poluição. As análises descritivas mostram que o outono é a estação com o maior número de registros de internações. Verificou-se também que o total de internações diárias parece estar associado ao aumento da concentração de material particulado, e o aumento da precipitação ou da velocidade do vento, aparentemente, ocasiona uma diminuição no total dessas internações.
    As análises sugerem também que o número de internações observado em um dia pode estar relacionado tanto à poluição e ao clima do referido dia, como dos dias anteriores. 8 Para a análise inferencial, foram ajustados modelos de regressão com resposta binomial negativa. A fim de contornar o problema de multicolinearidade entre as variáveis explicativas, foram propostas duas estratégias: regressão de componentes principais e seleção de variáveis. Na regressão de componentes principais, observou-se que segunda-feira e a estação outono estão associados a um aumento na média do total de internações, e que as componentes principais têm importância menor na média do total de internações, quando comparadas com as variáveis qualitativas. Além disso, a variável quantitativa que mais contribuiu com o aumento no total de internações foi a concentração de MP10 média. Uma vez que esse modelo não permite a interpretação dos coeficientes, foram ajustados modelos por estação, a partir da seleção de variáveis. Para todos os modelos de variáveis selecionadas, assim como no modelo de componentes principais, observou-se um aumento na média do total de internações para todos os dias da semana em relação a domingo, além de um aumento na média do total de internações para dias normais, em relação a feriados durante as estações verão e inverno. Observou-se também uma diminuição na média do total de internações para dias de onda de calor durante o outono em relação a dias sem onda de calor, e para dias de onda de frio durante o inverno em relação a dias sem onda de frio. Para as estações verão, outono e inverno, o aumento da concentração de MP10 média, e/ou da média de concentração de MP10 média dos últimos 7 dias ocasionou um aumento na média do total de internações. Já para a primavera, observou-se um efeito contrário, ou seja,
    o aumento da concentração de MP10 média ocasionou uma diminuição na média do total de internações. Observou-se também que um aumento na precipitação durante o verão e durante o outono ocasionou uma diminuição na média do total de internações. Já um aumento na média de precipitação dos últimos 9 dias ocasionou um aumento na média do total de internações durante o inverno. Durante a primavera, com o aumento na temperatura efetiva, observou-se um aumento na média do total de internações. A temperatura efetiva observada 8 dias antes, no entanto, tem efeito contrário, diminuindo a média do total de internações. 9 Algumas variáveis quantitativas apresentaram coeficientes não esperados pela expertise dos pesquisadores. Os ajustes dos modelos se mostraram adequados e contribuem na identificação e mensuração da influência de condições climáticas e de qualidade de ar no total de internações por doenças respiratórias.
  • Editor: São Paulo IME-USP
  • Data de criação/publicação: 2017
  • Formato: 67 p.
  • Idioma: Português

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