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Avaliação multimétodos da tomada de decisão, regulação emocional e personalidade em jovens adultos

Pinto, André Luiz De Carvalho Braule

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto 2020-11-06

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Avaliação multimétodos da tomada de decisão, regulação emocional e personalidade em jovens adultos
  • Autor: Pinto, André Luiz De Carvalho Braule
  • Orientador: Diniz, Leandro Fernandes Malloy; Pasian, Sonia Regina
  • Assuntos: Abordagem Multimétodos; Regulação Emocional; Personalidade; Evidências Psicométricas; Avaliação Psicológica; Tomada De Decisão; Emotion Regulation; Multimethods Approach; Decision Making; Personality; Psychological Assessment; Psychometric Evidences
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: Estudos recentes indicam que processos racionais e afetivos estão mais relacionados do que supunham antigos filósofos e teóricos da ciência psicológica. Evidências empíricas indicam que, mais do que fenômenos antagônicos, processos cognitivos e afetivos interagem entre si, e com outros fenômenos psicológicos, influenciando o comportamento de maneira complexa. Nesse sentido, este trabalho teve como proposta geral examinar possíveis relações entre tomada de decisão, regulação emocional e características de personalidade em adultos, utilizando uma abordagem multimétodos (autorrelato, desempenho e medidas implícitas). Para tanto, esta pesquisa foi dividida em duas etapas, compreendendo dois estudos. O Estudo I visou explorar as inter-relações entre variáveis de regulação emocional, caracterizando perfis de estratégias de regulação em adultos jovens, posteriormente vinculadas a variáveis afetivas. Dessa forma, buscou-se validar a presença de perfis de regulação emocional na população estudada. Participaram desta pesquisa 1165 sujeitos de ambos os sexos (855 mulheres, 73,4%) com idade média de 26,72 anos (DP = 8,35) que responderam ao Questionário de Regulação Emocional (ERQ), a Escala de Dificuldades de Regulação Emocional (DERS), Escala de Afetos Positivos e Negativos (PANAS); Escala de Afetos (EA) e a Following Affective States (FAST) em uma plataforma online. A amostra foi dividida em três subamostras. A subamostra I (n = 375) recuperou três perfis de regulação emocional distintos: a) perfil adaptado; b) perfil regulador inconsciente e c) perfil desregulado. A subamostra II (n = 390) retornou o mesmo número de perfis, demonstrando sua consistência. A subamostra III (n = 400) indicou a importância da reavaliação cognitiva, e dificuldades de consciência como diferenciadores dos perfis e que os perfis identificados se mostraram estáveis ao longo do tempo e se relacionaram com variáveis afetivas como afetos positivos e negativos e atenção às emoções. O Estudo II visou a associação entre variáveis de regulação emocional, tomada de decisão e indicadores afetivos e cognitivo de personalidade, bem como se diferentes perfis de regulação emocional apresentavam diferenças nos processos de tomada de decisão. Nesse estudo, participaram 92 jovens adultos, de ambos os sexos (63 mulheres, 68,5%) com idade média de 25,7 (DP = 6,45) que tomaram parte no estudo I. Os participantes responderam à Escala de Estilos de Decisão (DSS), ao Iowa Gambling Task (IGT) e ao Método de Rorschach (R-PAS). Os resultados indicaram que é possível relacionar os construtos do mesmo domínio à partir de métodos diferenciados. Observou-se especialmente relações entre dificuldades de regulação emocional (DERS) e atenção às emoções (FAST) e variáveis do Método de Rorschach. Também foi possível observar poucas relações entre estilos de tomada de decisão (DSS), o desempenho no IGT e o Rorschach o que pode sugerir que diferentes métodos avaliam aspectos diferentes dos processos de tomada de decisão. Os resultados também permitiram avaliar o relacionamento entre regulação emocional e tomada de decisão, apontando que variáveis afetivas estão relacionadas aos estilos preferencias de tomada de decisão e influenciam no desempenho em tarefas que avaliam tomada de decisão em situações de incerteza, em especial, a tendência a ignorar as próprias emoções negativas. Por fim, as análises indicaram que os perfis de regulação emocional se diferenciam em relação ao estilo intuitivo de tomada de decisão e ao indicador (CF+C) - FC no Método de Rorschach, que pode ser interpretado como um indicador de impulsividade. Em conjunto, os resultados empíricos dos dois estudos permitiram confirmar algumas das hipóteses levantadas, indicando que uma abordagem multimétodos permite a investigação de fenômenos complexos como a inter-relação entre processos de tomada de decisão, regulação emocional e personalidade.
  • DOI: 10.11606/T.59.2020.tde-11122020-154944
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto
  • Data de criação/publicação: 2020-11-06
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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