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Grupos de Terapia Ocupacional como estratégia de cuidado em saúde mental: a percepção de familiares cuidadores de pessoas com diagnóstico de esquizofrenia

Rôse, Lígia Beatriz Romeiro

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto 2021-08-13

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Grupos de Terapia Ocupacional como estratégia de cuidado em saúde mental: a percepção de familiares cuidadores de pessoas com diagnóstico de esquizofrenia
  • Autor: Rôse, Lígia Beatriz Romeiro
  • Orientador: Kebbe, Leonardo Martins; Pedrão, Luiz Jorge
  • Assuntos: Terapia Ocupacional; Saúde Mental; Grupos; Família; Cuidadores; Family; Groups; Mental Health; Occupational Therapy; Caregivers
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: A esquizofrenia é um transtorno mental crônico que pode alterar a cognição, as relações afetivas, o funcionamento ocupacional e tornar a pessoa dependente para a realização de atividades de vida diária, como o autocuidado e a higiene pessoal. Após a Reforma Psiquiátrica, junto à rede substitutiva de saúde mental, a família assume papel relevante no cuidado do parente acometido pelo referido transtorno. Contudo, na maioria das vezes o familiar cuidador se mostra despreparado ao se deparar com as dificuldades cotidianas do parente sob seus cuidados, seja na oferta do auxílio necessário para o desempenho ocupacional ou no modo em lidar com as crises. Desta forma, considerando as proposições da literatura científica sobre programar estratégias psicossociais de atenção ao cuidador e ao grupo familiar, este estudo teve como objetivo analisar, na perspectiva dos familiares cuidadores, como os Grupos de Terapia Ocupacional os auxiliam nos cuidados de pessoas com diagnóstico de esquizofrenia. Pesquisa de natureza qualitativa descritiva, realizada em uma Associação de apoio à pessoa com transtorno mental de um município do interior do estado de São Paulo, Brasil. Teve como participantes seis familiares cuidadores de pessoas com diagnóstico de esquizofrenia de suas próprias famílias, usuárias da referida Associação, que passaram por intervenções por meio de Grupos de Terapia Ocupacional, em cinco encontros semanais, com duração de cinquenta minutos, que foram gravados, com abordagem predominante sobre aspectos da vida ocupacional, e responderam, também, um Questionário Autoaplicável, com questões respondidas antes e depois das intervenções com os referidos Grupos. Os dados coletados através dos Grupos e de parte do Questionário Autoaplicável (especialmente sobre as contribuições grupais), foram transcritos e analisados à luz da análise de conteúdo. Os resultados mostraram que os conteúdos provenientes do Questionário Autoaplicável e dos Grupos de Terapia Ocupacional se diferenciaram em três aspectos, dando origem a três categorias, sendo elas: 1) Ocupações, 2) Papel de Cuidador e 3) Percepções sobre os Grupos de Terapia Ocupacional, que possibilitaram a identificação das dificuldades vivenciadas pelas participantes a partir do olhar delas próprias. Assim, foi possível considerar que na perspectiva das familiares cuidadoras, os Grupos de Terapia Ocupacional as auxiliaram nos cuidados de seus familiares com diagnóstico de esquizofrenia à medida que forneceu escuta e informações referentes ao transtorno mental, as auxiliando na elaboração de estratégias para enfrentamento de dificuldades cotidianas com o seu familiar. Proporcionou uma maior percepção do papel desempenhado no grupo familiar através das ocupações e promoveu o cuidado para elas mesmas, que demonstraram se perceberem mais instrumentalizadas após a participação nos Grupos em questão, facilitando as tarefas de cuidados. Como limitações, pode-se apontar o número relativamente pequeno de encontros grupais, como também, o número relativamente pequeno de participantes. Entende-se, portanto, que realizações de estudos envolvendo Grupos de Terapia Ocupacional com um número maior de encontros, e voltados a um número maior de familiares cuidadores de seus parentes com esquizofrenia, podem mostrar resultados ainda melhores e com benefícios a mais familiares com características semelhantes à das participantes da presente pesquisa.
  • DOI: 10.11606/D.22.2021.tde-15122021-100633
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto
  • Data de criação/publicação: 2021-08-13
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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