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Radar de penetração no solo e resistividade elétrica aplicados nas Formações São Sebastião e Marizal das sub-bacias do Tucano Sul e Central, Cretáceo (BA)

Tamura, Larissa Natsumi

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Geociências 2015-05-11

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Radar de penetração no solo e resistividade elétrica aplicados nas Formações São Sebastião e Marizal das sub-bacias do Tucano Sul e Central, Cretáceo (BA)
  • Autor: Tamura, Larissa Natsumi
  • Orientador: Almeida, Renato Paes de
  • Assuntos: Métodos Geofísicos; Radar De Penetração No Solo; Sistemas Deposicionais; Not Available
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: Um dos motivos para o avanço em caracterização de estrutura interna em depósitos fluviais é a utilização de métodos geofísicos. Um método amplamente aplicado em ambientes fluviais é o Radar de Penetração no Solo (GPR - Ground Penetrating Radar). Por meio dele é possível fazer interpretações por radar fácies, frequentemente aplicadas em rios ativos, porém em depósitos antigos esse método não é amplamente testado. Em contra partida, há um grande interesse nesse tipo de estudo devido à importância de modelos de reservatórios análogos de hidrocarbonetos. Os afloramentos das Formações São Sebastião e Marizal da Bacia do Tucano foram amplamente estudados em relação à sedimentologia por meio de estudos de análises de fácies e arquitetura deposicional. Porém, o estudo arquitetural com métodos geofísicos ainda não havia sido executado nessa área. Desta forma, a principal contribuição do presente trabalho foi aplicar métodos geofísicos em afloramentos bem expostos e comparar os resultados com estudos sedimentares feitos na área e outros trabalhos feitos em rios ativos. Foram utilizados dois métodos. O primeiro método teve como finalidade aprimorar as ferramentas de interpretação de radar fácies por meio de comparações de dados GPR com estruturas sedimentares e elementos arquiteturais, considerando a resolução do método e suas limitações. Para complementar o estudo foi introduzido um segundo método, denominado resistividade elétrica (ER - eletric resistivity), que contribui nas investigações litológicas em subsuperfície e auxilia o método GPR em camadas muito condutivas. Através dos resultados obtidos pelo método GPR foi possível identificar oito radar fácies diferentes: 1) Refletores levemente ondulados com truncamentos de baixo ângulo. Foram interpretados como estratos ondulados, cruzados de baixo ângulo e limites de série sub-horizontais. 2) Refletores inclinados com grande amplitude e dentro deles refletores de menor amplitude inclinados. Foram interpretados como limites de séries inclinados separando conjuntos de estratos cruzados tabulares. 3) Refletores inclinados com grande amplitude e dentro deles refletores de menor amplitude, descontínuos e de forma de côncava para o topo. Foram interpretados como limites de séries inclinados separando conjuntos de estratos cruzados acanalados. 4) Refletores inclinados com alto ângulo em conjuntos métricos, passando lateralmente para as radar fáceis 2 ou 3. Os refletores inclinados são interpretados como resultado de estratos cruzados de grande porte. 5) Refletores com forma levemente ondulada ou côncava para o topo sendo recobertos por refletores horizontais com terminações em onlap. Foram interpretados como estruturas de corte e preenchimento com forma canalizada e preenchimento interno plano-paralelo ou com séries de menores que a resolução do método. 6) Refletores sub-horizontais de grande amplitude e dentro deles refletores de forma côncava para o topo com menor amplitude. Foram interpretados como limites de séries sub-horizontais separando conjuntos de estratos cruzados acanalados. 7) Refletores horizontais contínuos bem marcados e dentro deles refletores inclinados de menor amplitude. Foram interpretados como limites de séries horizontais e estratos internos cruzados tabulares. 8) Refletores com grande amplitude, inclinados em alto ângulo. Foram interpretados como estratos cruzados de grande porte de dunas eólicas. Ao comparar as seções de GPR com as estruturas sedimentares do afloramento observou-se que houve compatibilidade entre os refletores encontrados nas seções GPR e as estruturas sedimentares observadas em afloramento. Em alguns casos nota-se que a resolução do método é eficaz para identificar estruturas decimétricas, dificilmente encontradas em trabalhos de radar fácies. Porém, as profundidades das seções não ultrapassaram de 5 m, ou seja, foi possível identificar refletores em alta resolução com uma antena de 100 MHz, mas em subsuperfície rasa. Os perfis de ER conseguiram diferenciar as camadas arenosas das peliticas, o que pode justificar o motivo pelo qual alguns locais as seções GPR não obtiveram resultados relevantes. Desta forma, os métodos geofísicos aplicados mostraram grande potencial para estudos futuros sobre a arquitetura deposicional das unidades investigadas, levando a resultados comparáveis aos estudos de afloramentos e com resolução maior que a normalmente obtida em sucessões inconsolidadas.
  • DOI: 10.11606/D.44.2019.tde-17112015-152533
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Geociências
  • Data de criação/publicação: 2015-05-11
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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