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Tática, estratégia e política da psicanálise: situando caminhos possíveis para a direção do tratamento em saúde mental

Pizzimenti, Enzo Cleto

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Psicologia 2019-06-26

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Tática, estratégia e política da psicanálise: situando caminhos possíveis para a direção do tratamento em saúde mental
  • Autor: Pizzimenti, Enzo Cleto
  • Orientador: Estevão, Ivan Ramos
  • Assuntos: Psicanálise; Direção Do Tratamento; Saúde Mental; Lacan; Resistência Do Analista; Psychoanalysis; Analyst`S Resistance; Mental Mealth; Treatment Direction
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: A presente pesquisa teve como objetivo situar uma possível via de trabalho para o psicanalista em Saúde Mental, tomando como sustento teórico-clínico a noção proposta por Lacan em 1959 de Ética da Psicanálise, que tem como operadores a tática, estratégia e a política da Psicanálise. Propomos um retorno a Freud, a fim de colocar em questão a recomendação, posta em papel em pelos menos três ocasiões (1910; 1919; 1938), acerca da expansão do alcance da Psicanálise às camadas populacionais que não chegam aos consultórios. Sustentamos, com Freud e Lacan, a questão acerca da viabilidade e da forma como teoria e prática puderam se desenvolver para além do setting tradicional. Posto isso, avançamos em direção à Saúde Mental e seu paradigma contemporâneo - a Reforma Psiquiátrica -, a fim de pôr em relevo aspectos convergentes e divergentes, tanto dentro do próprio discurso da Psicanálise, como no discurso inaugurado pelo movimento reformista. Sustentamos a hipótese de que, a partir de uma clínica orientada não por ideais morais, mas sim pela potência da capacidade de invenção de um percurso singular em relação ao sofrimento do sujeito, é possível legitimar o saber-fazer daquele que outrora fora trancado atrás de grades e que, atualmente, é sedado pela via farmacológica e por um discurso de guerra à clínica. No intuito de discutir os destinos possíveis para o tratamento no contexto de uma instituição de Saúde Mental, foi utilizado um fragmento de caso clínico e o questionamento quanto ao lugar da moral contida na resistência dos membros da equipe à forma como o paciente engendra sua posição subjetiva, em oposição à ética da Psicanálise. Nesta medida, o caso clínico foi utilizado como paradigma para situar o trabalho do analista em Saúde Mental, posto em tensão ao uso clínico de preceitos e conceitos psicanalíticos, para pensar possíveis respostas às críticas feitas por autores como Basaglia e, por fim, àqueles que hoje lutam pelo retorno da lógica manicomial como ponto de partida para se pensar o tratamento em Saúde Mental. O ponto fundamental da presente pesquisa diz respeito à possibilidade de produção de um debate interno à Psicanálise sobre os destinos possíveis da clínica em instituições de Saúde Mental. O desenvolvimento de um debate desta qualidade pode colocar em questão sem o intuito de generalizar - as bases que orientam a clínica em instituições que têm em sua equipe de trabalho ao menos um psicanalista praticante, podendo, desta forma, tensionar teoria e prática
  • DOI: 10.11606/D.47.2019.tde-08112019-192557
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Psicologia
  • Data de criação/publicação: 2019-06-26
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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