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Frequência de testes complementares para detecção de progressão no glaucoma

Silva, Bruna Melchior

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto 2023-10-16

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Frequência de testes complementares para detecção de progressão no glaucoma
  • Autor: Silva, Bruna Melchior
  • Orientador: Moraes, Carlos Gustavo Vasconcelos de; Paula, Jayter Silva de
  • Assuntos: Campo Visual; Frequência; Variabilidade; Tomografia De Coerência Óptica; Glaucoma; Progressão; Progression; Optical Coherence Tomography; Frequency; Visual Field
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: Objetivos: Investigar a frequência de testes para otimização da detecção da progressão glaucomatosa nos exames de tomografia de coerência óptica de domínio espectral (SD-OCT) e Perimetria Acromática Padrão (SAP). Métodos: Dois bancos de dados de estudos clínicos multicêntricos prospectivos, o ADAGES (African Descent and Glaucoma Evaluation Study) e OHTS (Ocular Hypertension Treatment Study) e um big data multicêntrico retrospectivo (Glaucoma Network Research) foram utilizados nos estudos. Simulações computacionais foram realizadas para estimar o poder de detecção de glaucoma e a frequência ideal de testes em diversos cenários. As variáveis dependentes do estudo foram a Mean Deviation da SAP e a medida global de camada de fibras nervosas da retina peripapilar (pp-CFNR) da SDOCT. Foram utilizadas as perimetrias com estratégias 10-2, 24-2 e 30-2, a depender do objetivo de cada estudo. A variabilidade dos exames da amostra real foi medida a partir do desvio padrão dos resíduos dessas variáveis. A população de estudo foi ampliada em diversos cenários a partir da distribuição normal dos resíduos, com simulação de 10.000 olhos em cada cenário. Foi, então, calculado o tempo para detectar progressão estatisticamente significativa (p<0,05), em cenários com poder de detecção do teste de 80% e 90%. Resultados: As SD-OCTs mais frequentes resultaram em menor tempo para detectar a progressão. Embora houvesse clara desvantagem para testes em intervalos de 24 versus 12 meses (22,4% de tempo [25 meses] de aumento no tempo para detecção de progressão) e ao testar 12 versus seis meses (22,1% de tempo [20 meses] de aumento), a melhora do tempo para detectar a progressão foi menos pronunciada ao comparar seis versus quatro meses (11,5% de redução do tempo [10 meses]). Considerando o tempo para detectar a progressão em hipertensos oculares com poder de 80%, observou-se benefício maior para SAP a cada seis versus 12 meses e 12 versus 24 meses (aproximadamente 18% de redução do tempo em ambos) em comparação com quatro versus seis meses (aproximadamente 11,5% de redução de tempo), considerando a progressão de -0,42 dB/ano. Entre os diferentes padrões de SAP analisados, o tempo para detectar progressão significativa com poder de 80% foi menor com a SAP 10-2, com diminuição de 14,6% a 18,5% quando comparada à SAP 24-2 e redução de 22,9% a 26,5% quando comparada aos pontos centrais da SAP 24-2. A variabilidade da SAP 10-2 foi menor em relação ao 24-2 e aos pontos centrais do 24-2. Conclusões: Há vantagem no uso semestral da SD-OCT, porém pacientes de alto risco podem se beneficiar com intervalos de quatro meses (aqueles com glaucoma inicial e maior variabilidade na SD-OCT). Olhos com hipertensão ocular de alto e médio risco de conversão para glaucoma podem ser seguidos a cada seis meses, enquanto os de baixo risco podem ser acompanhados a cada 12 meses. Na comparação entre os padrões de SAP, o padrão 10-2 apresentou menor variabilidade quando comparado ao 24-2 e aos 12 pontos centrais do 24-2 e, por isso, apresentou melhor desempenho e menor tempo para detecção de progressão no glaucoma. Os achados deste estudo podem servir de base para orientação de seguimento na prática clínica do glaucoma, considerando características particulares dos paciente e as limitações do sistema de saúde.
  • DOI: 10.11606/T.17.2023.tde-08022024-163254
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
  • Data de criação/publicação: 2023-10-16
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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