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Padrão de consumo alimentar e estado nutricional dos jovens brasileiros

Silva, Maria Micheliana Da Costa

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade 2016-11-11

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Padrão de consumo alimentar e estado nutricional dos jovens brasileiros
  • Autor: Silva, Maria Micheliana Da Costa
  • Orientador: Menezes Filho, Naercio Aquino
  • Assuntos: Consumo De Alimentos; Econometria; Economia Da Saúde; Escolha - Teoria Econômica; Choice - Economic Theory; Econometrics; Food Consumption; Health Economics
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: Este estudo objetiva analisar a influência de fatores socioeconômicos sobre o padrão de consumo alimentar infanto-juvenil, sua evolução na primeira década dos anos 2000 e sua relação com o estado nutricional. Para tanto, foram estimados três modelos: um modelo que identifica a aquisição individual de calorias, por meio da aquisição agregada domiciliar, seguido por um modelo que relaciona o Índice de Massa Corpórea e o consumo calórico, e por fim, um sistema de demanda por calorias. A identificação dos efeitos da aquisição calórica sobre estado nutricional, conjuntamente com as estimativas de um sistema de demanda, contribuiu para a obtenção do grau de sensibilidade do estado nutricional (representado pelo IMC) em relação aos preços e dispêndio com alimentos. Uma vez que, para todas as categorias analisadas, a quantidade demandada é diretamente proporcional ao dispêndio total com alimentação, a elasticidade-dispêndio do IMC também é positiva. Isso ajuda a explicar como o aumento no poder aquisitivo dos brasileiros influencia na tendência de queda nas taxas de subnutrição e a incidência de sobrepeso dos jovens brasileiros. Quanto aos preços, as elasticidades em relação ao IMC podem sinalizar como taxações e/ou subsídios podem melhorar o estado nutricional da população. A estimação de um sistema mais completo, com inclusão de alimentos saudáveis e prejudiciais à saúde, permitiu visualizar os efeitos de cada medida sobre diversas categorias alimentares, dependendo da forma como se relacionam. Constatou-se que, apesar de pouco eficaz, uma política combinada de impostos e subsídios pode contribuir para uma alimentação mais equilibrada. Além disso, a inclusão de uma variável que expresse a avaliação do tipo de alimento adquirido no domicílio foi importante para mostrar a avaliação quanto aos hábitos alimentares praticados. Com essa variável, mostra-se que não há uma conscientização do tipo de alimento adquirido no domicílio em relação aos impactos sobre a saúde dos jovens, uma vez que em domicílios com avaliação alimentar satisfatória, há uma tendência de consumo de alimentos pouco saudáveis. Por exemplo, em domicílios pobres que alegaram consumir sempre os alimentos desejados, a quantidade demandada de refrigerantes é 44% maior, do que naqueles que nem sempre consomem alimentos preferidos. Nesse sentido, medidas de conscientização são necessárias para reduzir a importância dada a esse tipo de alimento. Também foram estimados a importância da participação no Programa Bolsa Família (PBF) para o estado nutricional e demanda alimentar, uma vez que esse programa tem como objetivo a promoção da segurança alimentar de seus beneficiários, O impacto direto do programa sobre o IMC infanto-juvenil é negativo e equivalente a 0,28 kg/m², sendo mais efetivo em reduzir o IMC médio de indivíduos que estão em situação de excesso de peso. Esse efeito foi obtido ao controlar pelo consumo calórico, refletindo o efeito das condicionalidades referentes aos cuidados com a saúde e à preocupação dos responsáveis pelas crianças e adolescentes com as melhorias de suas condições de vida, o que fazem participar do programa. Quanto ao impacto sobre a quantidade demandada por categorias específicas, ressalta-se sua importância para aquisição de itens com leite e hortaliças, que são importantes para essa fase da vida e, mesmo assim, a participação na dieta está que estão abaixo das recomendações para uma vida saudável. No entanto, a preferência por doces também é observada, uma vez que o benefício monetário extra dado pelo PBF também contribui positivamente para seu consumo. Assim, não se pode afirmar que o benefício contribua para uma dieta adequada, visto que este tipo de alimento ultrapassa os níveis de consumo recomendados. De fato, constata-se que políticas de transferência de renda são pouco efetivas, pois o montante recebido pode ser direcionado para itens de consumo prejudiciais à saúde.
  • DOI: 10.11606/T.12.2016.tde-25112016-144247
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade
  • Data de criação/publicação: 2016-11-11
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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