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Disfunção neuroquímica na depressão periparto

Rosa, Carlos Eduardo

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto 2016-03-16

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Disfunção neuroquímica na depressão periparto
  • Autor: Rosa, Carlos Eduardo
  • Orientador: Santos, Antonio Carlos dos
  • Assuntos: Transtorno Depressivo Maior; Giro Do Cíngulo Anterior; Espectroscopia Por Ressonância Magnética; Depressão Periparto; Córtex Pré-Frontal Dorsolateral; Dorsolateral Prefrontal Cortex; Magnetic Resonance Spectroscopy; Major Depressive Disorder; Peripartum Depression; Anterior Cingulate Gyrus
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: A depressão periparto (PPD) é subtipo altamente prevalente e subdiagnosticado do transtorno depressivo maior (MDD), e causa um importante sofrimento para a mulher, sua família e seu filho. Uma interação complexa entre hormônios, neurotransmissores e fatores genéticos e ambientais pode estar envolvida na etiologia da PPD. Contudo, estudos de neuroimagem na PPD ainda são escassos, particularmente os que identificam alterações neuroquímicas. Sabe-se que a região do córtex pré frontal dorsolateral (dlPFC) está relacionada à funções executivas no circuito pré frontal, e juntamente com o giro do cíngulo anterior (ACG) faz parte das vias neuronais envolvidas no processamento emocional, desde a geração, regulação e reavaliação do estado afetivo. Existem evidências de que ambas as áreas estejam disfuncionais na MDD. A avaliação neuroquímica obtida pela espectroscopia de próton por ressonância magnética (MRS) permite inferir o metabolismo, a neurotransmissão e a viabilidade do tecido neuronal de interesse destas áreas fronto-límbicas. Objetivo: comparar puérperas com depressão periparto (grupo PPD) com puérperas saudáveis (grupo HP) quanto à avaliação neuroquímica no dlPFC esquerdo e no ACG bilateral. Métodos: 36 puérperas do grupo PPD e 25 puérperas do grupo HP foram submetidas à duas entrevistas psiquiátricas estruturadas e à aplicação de questionários e escalas psicométricas, sendo a segunda avaliação realizada seccionalmente à MRS. A MRS foi adquirida pro MRI com campo de 3 Tesla, estando o volume de interesse (VOI) posicionado no dlPFC esquerdo e no ACG bilateral e processada pelo software LCModel. Os resultados neuroquímicos expressos em valores absolutos e normalizados pela creatina (razão metabólito/creatina) foram analisados por ANCOVA, incluindo a idade, o tempo de puerpério e o tipo de contraceptivo, enquanto covariáveis. Resultados: No dlPFC, o grupo PPD apresentou menores valores de Glu/Cr (-0,17; p=0,05), Glx (-0,95 mM; p=0,04), Glx/Cr (-0,22; p=0,03), NAA (-0,60 mM; p<0,01), e NAA/Cr (-0,13; p=0,02) em relação ao grupo HP. No ACG, o uso de hormônios contraceptivos somente com progestágenos resultou em um aumento dos valores de Glu (2,18 mM; p=0,03), Glx (1,84 mM; p=0,03), e redução de Cho/Cr (-0,08; p=0,03) quando comparados ao grupo que não utilizou somente progestágenos, independentemente dos grupos HP e PPD. Conclusão: Os níveis reduzidos de Glu e NAA no grupo PPD estão relacionados, respectivamente, à disfunção metabólica glutamatérgica e neuroglial no dlPFC, o que pode explicar sintomas cognitivos também relacionados à PPD, tal como já verificado no MDD. O uso de hormônios contraceptivos com progestágenos isoladamente interferiu com a neuroquímica do ACG, mas não se relacionou com a PPD. Embora o aumento do glutamato possa sugerir uma hiperfuncionalidade do ACG, e a redução da Cho/Cr representar diminuição de \"turnover\" da membrana lipídica ou da transdução sináptica, seu significado clínico e fisiopatológico ainda é incerto. Estes resultados contribuem com a compreensão dos substratos neuroquímicos de PPD
  • DOI: 10.11606/T.17.2017.tde-27072016-151947
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
  • Data de criação/publicação: 2016-03-16
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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