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Técnica urbana ortogonal e teoria da poesia oral: de Mégara Hibleia a Túrio

Peixoto, Renan Falcheti

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Museu de Arqueologia e Etnologia 2017-08-24

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Técnica urbana ortogonal e teoria da poesia oral: de Mégara Hibleia a Túrio
  • Autor: Peixoto, Renan Falcheti
  • Orientador: Florenzano, Maria Beatriz Borba
  • Assuntos: Hipodamo De Mileto; Mégara Hibleia; Túrio; Técnica Ortogonal; Poesia Oral; Hipodamus Of Miletus; Megara Hyblaea; Thurioi; Orthogonal Technique; Oral Poetry
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Notas Locais: Programa de Pós-Graduação em Arqueologia
  • Descrição: distribuída em uma moldura interpretativa criada por duas cidades separadas em suas respectivas fundações mais ou menos três séculos. A pólis arcaica de Mégara Hibleia e a pólis clássica de Túrio oferecem as maiores referências da presente pesquisa, cuja intenção é analisar o fenômeno da organização ortogonal através da teoria da poesia oral como apresentada nos estudos comparativos de Milman Parry e Albert Lord. A pesquisa etnográfica de Parry e Lord no começo do século XX com bardos iugoslavos abriu todo um novo e inspirador campo de estudos no âmbito da composição e recepção dos poemas homéricos. Com tal perspectiva, se demonstrará nas páginas seguintes um método de planejamento sem que haja o desenho de planos. Um planejamento que utiliza como recurso de composição fórmulas aritméticas que definem as proporções entre os elementos do sistema. Iniciando o problema com as evidências literárias sobre Hipodamo de Mileto, coroado por uma corrente historiográfica como primus inventor do método urbano ortogonal, se descortinará uma tradição anônima secular derivada da prática de artífices que não escreveram uma linha a respeito de sua técnica. As fórmulas ortogonais constituem medidas co-dimensionadas entre os lados do lote da casa, do quarteirão e da largura das ruas cristalizados ao longo do tempo na escansão dos quarteirões. Tomando-se miras ópticas e alinhando cordas ao longo de estradas seria possível - como em um esquadro - iniciar dois vetores das fórmulas aritméticas então traduzidas em formas geométricas. Será argumentado na análise detalhada da forma de Mégara Hibleia contra a hipótese de que exista no período arcaico a concepção de um módulo abstrato e a priori. A cidade ortogonal arcaica não é um plano-mestre pensado como um conjunto que precede suas partes. O uso dos princípios da ortogonalidade ao longo do tempo, no entanto, contribuem para o surgimento de novas fórmulas de unidades maiores que em cidades como Túrio consignam dentro de sua área o agrupamento de um dado número de quarteirões. Isto é o indício de que a cidade ortogonal comensura-se então como um conjunto articulado de partes. Ao questionar a leitura moderna que, sob um paradigma literário, vê nos planos e desenhos de reconstituição da malha original das cidades ortogonais um produto de um exercício por excelência abstrato, mental e a priori, se discutirá, por consequência, a ontologia do artefato arqueológico, os fundamentos epistemológicos da arqueologia que, desde seu vir-a-ser como disciplina acadêmica, se ampara de uma série de ferramentas interpretativas herdadas da cosmologia moderna ocidental. O texto circulará, portanto, em vias interdisciplinares entre arqueologia, filologia, filosofia, sociologia, antropologia e história da arte.
  • DOI: 10.11606/D.71.2017.tde-24102017-135408
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Museu de Arqueologia e Etnologia
  • Data de criação/publicação: 2017-08-24
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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