skip to main content

Opioides em ambulatório na dor não oncológica: uma revisão sobre os desafios da farmacologia no envelhecimento

Ribeiro, Hugo ; Rocha-Neves, João ; Lopes-Mota, Carla ; Teixeira-Veríssimo, Manuel ; Dourado, Marília ; Andrade, José

Revista portuguesa de medicina geral e familiar, 2021-06, Vol.37 (3), p.233-241

Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar

Texto completo disponível

Citações Citado por
  • Título:
    Opioides em ambulatório na dor não oncológica: uma revisão sobre os desafios da farmacologia no envelhecimento
  • Autor: Ribeiro, Hugo ; Rocha-Neves, João ; Lopes-Mota, Carla ; Teixeira-Veríssimo, Manuel ; Dourado, Marília ; Andrade, José
  • Assuntos: Dor crónica ; Farmacologia ; Geriatria ; MEDICINE, GENERAL & INTERNAL ; Opioides
  • É parte de: Revista portuguesa de medicina geral e familiar, 2021-06, Vol.37 (3), p.233-241
  • Descrição: Objetivos: Sistematizar e contribuir para o melhor conhecimento das características farmacocinéticas e farmacodinâmicas dos medicamentos opioides disponíveis em Portugal para o tratamento da dor não oncológica e, desta forma, contribuir para a escolha mais informada e adaptada ao doente, o que permitirá potenciar a eficiência, reduzindo a incidência de efeitos adversos. Métodos: Realização de uma revisão narrativa da bibliografia sobre esta temática, utilizando os termos Medical Subject Headings (MeSH) Analgesics, Opioid e Pharmacology, Clinical. Foram também utilizados os resumos das características do medicamento de todos os opioides disponíveis em Portugal, assim como as características farmacocinéticas e farmacodinâmicas destes medicamentos registadas no DrugBank. Resultados: Selecionados 22 artigos para leitura, dos quais 14 são revisões da literatura, quatro manuais de referência e quatro normas de orientação clínica, para além da utilização das bases de dados do INFARMED e do Drugbank. No envelhecimento há uma diminuição de cerca de 50% da taxa de filtração glomerular dos 40 até aos 70 anos, obrigando a reduções de dose e cuidados especiais na utilização de fármacos eliminados por esta via, sendo que no caso dos opioides os únicos que não têm eliminação renal são a hidromorfona e a buprenorfina. São igualmente mais frequentes a obesidade central e o aumento da α1-glicoproteína ácida, aumentando o volume de distribuição de fármacos lipossolúveis e de bases, como são os opioides, sendo que os únicos que não são lipossolúveis são a morfina e a hidromorfona. Relativamente ao metabolismo, para além de ocorrer uma diminuição do metabolismo de fase 1, a polifarmácia nos idosos é mais frequente, pelo que poderão ser preferencialmente escolhidos os opioides com metabolismo de fase 2, como o tapentadol, a hidromorfona e a morfina. Conclusões: O reconhecimento das características individuais de cada doente idoso, associado ao conhecimento da farmacologia básica de cada opioide disponível em Portugal, poderá garantir maior segurança e salvaguardar uma maior adesão à terapêutica.
  • Editor: Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar
  • Idioma: Inglês;Português

Buscando em bases de dados remotas. Favor aguardar.