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Por um sentido formativo da arte numa "sociedade de consumidores" uma inserção no pensamento político de Hannah Arendt e de Jacques Rancière

Anyele Giacomelli Lama José Sergio Fonseca de Carvalho

2015

Localização: FE - Faculdade de Educação    (37.017 L217p )(Acessar)

  • Título:
    Por um sentido formativo da arte numa "sociedade de consumidores" uma inserção no pensamento político de Hannah Arendt e de Jacques Rancière
  • Autor: Anyele Giacomelli Lama
  • José Sergio Fonseca de Carvalho
  • Assuntos: Arendt, Hannah 1906-1975; Rancière, Jacques; ARTES; SENTIDOS; SOCIEDADE DE CONSUMO; Common World; Consumer Society; Educação; Education; Educational Sense Of Art; Hannah Arendt; Jacques Rancière; Mundo Comum; Sentido Formativo Da Arte; Sociedade De Consumidores
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: Com o intuito de pensar sobre a peculiaridade dos impasses relativos à formação dos mais novos no contexto de uma sociedade de consumidores, recorremos ao que Hannah Arendt e Jacques Rancière propuseram acerca da relação entre arte e política. De acordo com Arendt, um dos desafios impostos à tarefa dos mais velhos de introduzir os recém-chegados ao mundo numa sociedade de consumidores diz respeito ao modo como temos nos relacionado com a herança cultural que o passado nos legou. Isso porque destruímos os objetos culturais que ajudam a constituir um mundo comum na medida em que os transformamos em meios de entretenimento, passíveis de serem consumidos. Se partimos da reflexão sobre o fenômeno da arte como uma das formas privilegiadas de compreender o que é esse mundo comum ao qual os adultos devem introduzir as crianças é porque, segundo Arendt, as obras de arte são os objetos culturais máximos que devem ser salvos da ruína da destruição ou do esquecimento. Rancière, por sua vez, afirma que a arte e a política podem contribuir para que possamos reconfigurar as coisas comuns, mesmo no contexto da sociedade homogênea e consensual da qual fazemos parte. Elas podem romper com a distribuição dos espaços, das competências e incompetências de acordo com o lugar que ocupamos na sociedade, contribuindo para forjarmos contra o consenso outras formas de senso comum. Podemos pensar, então, sobre um sentido formativo da arte a partir da possibilidade de reconfigurarmos outras formas de
    convívio que ligam sujeitos ou grupos em torno de uma outra comunidade de palavras e coisas, formas e significados. Rancière não parece acreditar, nesse sentido, apenas na destruição do que há em comum entre os homens numa sociedade marcada pela lógica do consumo. Ele afirma que a transição dos objetos e produtos do mundo da arte para a esfera da utilidade e da mercadoria pode romper com o curso uniforme do tempo, alterando o estatuto dos objetos e a relação entre os signos e as formas de arte, de modo que possamos nos apropriar ativamente do mundo comum. Nesse contexto, acreditamos que a escola pode se configurar como um recorte no tempo e no espaço da produção e do consumo, em que podemos oferecer aos recém-chegados a possibilidade de pertencerem ao comum do mundo. Talvez numa época em que as coisas mais corriqueiras podem adentrar a esfera da arte, propondo outras formas de experiência sensível, a educação tenha, mesmo num contexto de crise, a possibilidade aberta e sempre renovada de convidar os mais novos a adentrar a imensa floresta de coisas e signos que constituem o mundo comum
  • Data de criação/publicação: 2015
  • Formato: 104 p.
  • Idioma: Português

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