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Indicadores biogeoquímicos de massas d’água costeiras e oceânicas no sudoeste do oceano Atlântico Sul, com ênfase em um transecto em 34,5 °S (Rede Transatlântica SAMOC)

Ana Beatriz Leite Cavalcante Elisabete de Santis Braga da Graça Saraiva

2020

Localização: IO - Instituto Oceanográfico    (574.52 C365i Tese Mestr. )(Acessar)

  • Título:
    Indicadores biogeoquímicos de massas d’água costeiras e oceânicas no sudoeste do oceano Atlântico Sul, com ênfase em um transecto em 34,5 °S (Rede Transatlântica SAMOC)
  • Autor: Ana Beatriz Leite Cavalcante
  • Elisabete de Santis Braga da Graça Saraiva
  • Assuntos: BIOGEOQUÍMICA; BIOGEOQUÍMICA MARINHA; GEOQUÍMICA; SEDIMENTOLOGIA MARINHA; CIRCULAÇÃO OCEÂNICA
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Notas Locais: Programa de Oceanografia, área de Oceanografia Química
  • Descrição: A Circulação de Revolvimento Meridional do Atlântico é um importante mecanismo de distribuição de calor, sal, carbono e nutrientes entre hemisférios, possuindo um papel fundamental na regulação climática. Essa circulação é composta por massas d’água originárias do Atlântico Norte e Sul, caracterizadas por manterem as propriedades específicas do seu local de formação em seu deslocamento pelos oceanos. Entretanto, pequenas alterações nas propriedades dessas massas d’água podem causar mudanças substanciais na circulação, afetando a distribuição de calor e consequentemente, o clima. As massas d’água são comumente identificadas a partir de dados de temperatura (T), salinidade (S) e densidade, porém, propriedades biogeoquímicas, como o oxigênio dissolvido (OD) e nutrientes podem ser associados aos parâmetros termohalinos para complementar o monitoramento e fornecer evidências de processos hidrodinâmicos e biogeoquímicos que podem estar ocorrendo em águas costeiras e oceânicas. Dessa maneira, este trabalho teve como objetivo principal associar indicadores biogeoquímicos (OD, silicato, fosfato e nitrato) às características termohalinas (T, S e densidade) de identificação das massas d’água presentes no sudoeste do Atlântico Sul, com foco na região costeira próxima à desembocadura do rio da Prata e ao longo da porção oeste de um transecto oceânico em 34,5°S. Os dados foram adquiridos durante duas campanhas realizadas em períodos sazonais diferentes, em abril de 2018 (outono) e junho de 2019 (inverno), tornando-se possível avaliar as diferenças sazonais observadas entre os períodos, especialmente sobre águas costeiras. Nove massas d’água foram observadas na região, com as seguintes características principais: i) baixa salinidade (<33,5) e altas concentrações de silicato (máx. 46,72 µmol kg-1 no inverno) em águas superficiais (Continua)
    (Continuação) relacionadas à Água da Pluma do Prata, que foi observada até 51,8°W; ii) alta concentração de nutrientes e o menor valor de oxigênio (152,95 µmol kg-1) dentre as duas campanhas em uma área mais profunda da plataforma continental ocupada pela Água Subtropical de Plataforma, evidenciando um canal em 33,6°S/52,2°O e processo de regeneração de nutrientes; iii) Água Tropical com salinidade máxima (37,04 no outono) e baixas concentrações de nutrientes; iv) aumento relativo das concentrações de nitrato (máx. 23,17 µmol kg-1) na Água Central do Atlântico Sul, que atuou como o melhor indicador biogeoquímico dessa massa, também observada ao fim da plataforma continental; v) Água Intermediária Antártica apresentou altos valores de OD (máx. 256,53 µmol kg-1) em relação às massas d’água adjacentes e valores relativamente altos de fosfato e nitrato; vi) Água Circumpolar Superior foi distinta principalmente pela baixa concentração de OD (mín. 182,94 µmol kg-1) e máximo vertical de nutrientes; vii) um ligeiro aumento de salinidade acompanhado por uma elevação dos teores de OD e diminuição de nutrientes foi observado na Água Profunda do Atlântico Norte; viii) os níveis de oxigênio voltaram a diminuir (mín. 208,93 µmol kg-1) indicando a presença da Água Circumpolar Inferior; e ix) a Água Antártica de Fundo foi acompanhada por valores máximos de silicato (máx. 144,92 µmol kg-1). (Continua)
    (Continuação) Os dados aqui apresentados reforçaram a concepção de que indicadores biogeoquímicos podem ser utilizados como traçadores complementares de massas d’água, fornecendo uma base mais robusta de informações sobre as massas d’água do Atlântico Sul, que certamente auxiliarão futuros trabalhos de monitoramento.
  • Data de criação/publicação: 2020
  • Formato: 114p.
  • Idioma: Português

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