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Autopercepção, Desempenho Escolar e Problemas de Comportamento de Crianças Atendidas no Programa de Habilidades de Solução de Problemas Interpessoais

Karina de Melo Conte Edna Maria Marturano

2006

Localização: FFCLRP - Fac. Fil. Ciên. Let. de R. Preto    (Conte, Karina de Melo )(Acessar)

  • Título:
    Autopercepção, Desempenho Escolar e Problemas de Comportamento de Crianças Atendidas no Programa de Habilidades de Solução de Problemas Interpessoais
  • Autor: Karina de Melo Conte
  • Edna Maria Marturano
  • Assuntos: RENDIMENTO ESCOLAR; PSICOLOGIA DA CRIANÇA
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: As dificuldades de aprendizagem associadas a problemas de comportamento constituem um fator de risco para distúrbios psicossociais, estando freqüentemente ligado ao déficit das habilidades sociais, de acordo com que a literatura tem apontado. Diante deste contexto, percebe-se a necessidade de programas de, intervenção que visem trabalhar tanto as dificuldades de aprendizagem como as Habilidades de Solução de Problemas Interpessoais (HSPI), diminuindo fatores de risco e promovendo fatores de proteção e prevenção. Um estudo prévio demonstrou que um programa para desenvolvimento de Habilidades de Solução de Problemas Interpessoais (HSPI), integrando atividades psicopedagógicas, foi eficaz para melhorar o comportamento e o desempenho escolar em crianças com queixa escolar associada a problemas de comportamento, que já se encontravam alfabetizadas. Supõe-se que, influindo nas autopercepções (auto-eficácia e autoconceito) destas crianças diante de seu desempenho acadêmico e comportamento, tais habilidades podem engendrar mecanismos de proteção. O presente estudo teve por objetivo principal verificar se a modalidade de intervenção denominada Eu Posso Resolver Problemas (EPRP) contribui para melhorar as autopercepções de crianças com baixo rendimento escolar e com problemas sócio-emocionais associados. E como objetivo secundário, pretende-se verificar a eficácia do programa para atenuar os problemas sócio-emocionais apresentados por essas crianças, bem como para
    melhorar seu desempenho escolar, com o propósito de replicar os resultados obtidos por Elias e cols (2003). Participaram 21 meninos, com idade entre 6 e 10 anos, cursando de 1ª a 4ª série, encaminhados ao Ambulatório de Psicologia Infantil do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP, com queixa de dificuldades de aprendizagem, associados a problemas de comportamento. Empregou-se um delineamento pré-teste - pós-teste com grupo controle. Nas avaliações feitas antes e depois da intervenção, os instrumentos utilizados focalizou-se o desempenho acadêmico, problemas de comportamento e as autopercepções. Os principais instrumentos utilizados foram: TDE - Teste de Desempenho Escolar; Formulário para Investigação de Dificuldades na Lição de Casa; Escala Comportamental Infantil A2 de Rutter (ECI), versão para pais; Inventário de Comportamentos da Infância e da Adolescência (CBCL), Roteiro de Avaliação do Senso de Auto-Eficácia e Escala Infantil Piers-Harris de Autoconceito. A partir da primeira avaliação, dois grupos foram constituídos aleatoriamente: Grupo de Intervenção (GI), no qual as crianças passaram pela intervenção proposta, logo após serem avaliadas em triagem clínica; e Grupo de Espera (GE), com crianças que esperaram por 6 meses, de acordo com o tempo de espera do Ambulatório em questão para serem novamente avaliadas. As crianças do Grupo de Intervenção receberam atendimento em pequenos grupos
    durante 20 semanas, em sessões semanais de duas horas. A intervenção promovia o desenvolvimento de HSPI através de jogos, dramatização, leitura, escrita e diálogos informais. Terminado o atendimento nesse grupo, ambos os grupos (GI e GE) foram reavaliados nos mesmos aspectos e instrumentos. Em seguida, o Grupo de Espera iniciou a mesma intervenção, sendo reavaliado imediatamente depois. Os resultados de cada grupo foram analisados através de teste estatístico não paramétrico. Os resultados demonstram que entre a primeira e a segunda avaliação, ambos os grupos apresentaram melhoras nos indicadores de desempenho escolar, entretanto, a melhora no Grupo de Intervenção foi mais significativa. Com relação aos problemas de comportamento apenas o Grupo de Intervenção apresentou menores escores nas avaliações, enquanto o Grupo de Espera não obteve melhora. Após passar pelo programa HSPI, o Grupo de Espera obteve melhoras significativas nos indicadores de desempenho escolar e comportamento. Quanto as autopercepções, não foram observadas diferenças significativas em nenhum dos grupos após a intervenção e mesmo diante das melhoras alcançadas, essas crianças ainda se percebem com menos recursos para a aprendizagem. Esses resultados indicam que embora as autopercepções não tenham sido alteradas, a intervenção auxiliou na melhora do desempenho escolar e na diminuição dos problemas de comportamento, em uma amostra heterogênea, compatível com a
    realidade cotidiana do serviço onde foi oferecida a intervenção, ampliando a aplicabilidade do programa para desenvolvimento das Habilidades de Solução de Problemas Interpessoais
  • Data de criação/publicação: 2006
  • Formato: 210 p anexos.
  • Idioma: Português

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