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Etnodesenvolvimento e o mercado verde na Amazônia indígena: Os Asuriní no Médio Xingu

Ribeiro, Fabio Augusto Nogueira

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Ciência Ambiental 2009-03-25

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Etnodesenvolvimento e o mercado verde na Amazônia indígena: Os Asuriní no Médio Xingu
  • Autor: Ribeiro, Fabio Augusto Nogueira
  • Orientador: Morsello, Carla; Müller, Regina Aparecida Polo
  • Assuntos: Sociedades Indígenas; Produtos Florestais Não Madeireiros; Etnodesenvolvimento; Asuriní Do Xingu; Amazônia; Ethnodevelopment; Indigenous Societies; Non Timber Forest Products; Amazonia
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Notas Locais: Programa de Pós Graduação em Ciência Ambiental - PROCAM
  • Descrição: Ao longo das últimas décadas, os processos de liberalização da economia brasileira e avanço do ambientalismo geraram novas representações e políticas relativas à floresta e aos povos indígenas amazônicos. Dentro desse movimento, a comercialização de produtos florestais não madeireiros através, em alguns casos, de parcerias entre a Fundação Nacional do Índio e empresas passou a ser apresentada como uma ferramenta para o desenvolvimento indígena e para a conservação ambiental. Sob a perspectiva do etnodesenvolvimento, entretanto, a questão central que fundamenta a dissertação é se os regimes de produção, circulação e consumo engendrados por esse \'indigenismo público-privado\' são compatíveis com as economias políticas nativas. Para responder a esta questão, o estudo está baseado no caso dos Asuriní do Xingu, grupo Tupi incluído na parceria para a comercialização de óleo de castanha-do-pará entre a cooperativa Amazoncoop e a empresa britânica The Body Shop. A pesquisa de campo foi estruturada em dois níveis. No primeiro, por meio de entrevistas e conversas informais, foram levantadas informações sobre a história e a economia política da parceria. Os resultados obtidos evidenciaram que a parceria foi incapaz de romper com a assimetria de poder que caracteriza a relação entre os indígenas e a economia de mercado. No segundo nível, por meio de técnicas qualitativas (entrevistas, conversas informais, diagnóstico rural participativo) e quantitativas (surveys e observações de alocação de tempo), foram levantadas informações relativas à participação dos Asuriní na parceria, bem como os impactos da atividade sobre a economia doméstica. Nesse caso, a incompatibilidade entre o regime indígena e aquele fomentado pela parceria foi evidenciada pela escassez de alimentos no período da coleta; pela distribuição desigual dos recursos monetários entre os grupos familiares; pela acentuação do conflito entre dinheiro e reciprocidade e pelo incremento da dependência por bens industrializados. A diversidade, entretanto, das estratégias econômicas familiares, a incorporação do dinheiro pelas concepções indígenas de riqueza e a continuidade das atividades de subsistência são expressões de que a maior participação na economia de mercado tem como corolário não a \'aculturação\', mas uma transformação na forma como a sociedade indígena se reproduz.
  • DOI: 10.11606/D.90.2009.tde-23112011-113516
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Ciência Ambiental
  • Data de criação/publicação: 2009-03-25
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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