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Modos de vida rurais no Vale do Ribeira: diferenças no uso de recursos florestais e efeitos do Programa Bolsa Família nas práticas de subsistência e segurança alimentar

Aguirra, Isadora Cristina Ruttul

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Energia e Ambiente 2020-03-11

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Modos de vida rurais no Vale do Ribeira: diferenças no uso de recursos florestais e efeitos do Programa Bolsa Família nas práticas de subsistência e segurança alimentar
  • Autor: Aguirra, Isadora Cristina Ruttul
  • Orientador: Morsello, Carla; Torres, Patricia Carignano
  • Assuntos: Análise De Cluster; Segurança Alimentar; Programa Bolsa Família; Práticas De Subsistência; Pareamento Por Escore De Propensão; Modos De Vida Rurais; Vale Do Ribeira; Food Security; Cluster Analysis; Propensity Score Matching; Rural Livelihoods; Bolsa Família Program; Subsistence Practices
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Notas Locais: Programa de Pós Graduação em Ciência ambiental - PROCAM
  • Descrição: A pobreza mundial ocorre sobretudo em contextos rurais onde a dependência de fontes não monetárias de renda, como a partir de recursos naturais e da agricultura, é substancial. Entretanto, políticas voltadas à redução da pobreza usualmente centram-se na promoção do consumo e formação de renda monetária. Portanto, desconsideram a heterogeneidade dos modos de vida rurais, os quais combinam diferentes atividades e fontes de renda, incluindo o uso de recursos naturais. Dentre as iniciativas voltadas à redução da pobreza, destacaram-se nas últimas décadas os programas de transferência condicionada de renda (PTCR), como o Bolsa Família (PBF). Consistem em transferências periódicas de renda a famílias economicamente vulneráveis, condicionadas a certas ações do beneficiário. Evidências prévias mostram que ingressos monetários por meio de PTCR alteram o modo de vida e as atividades de subsistência de domicílios rurais. Tais estudos, contudo, não são consensuais e mostram tanto manutenção, quanto diminuição no envolvimento em práticas de subsistência e no consumo de alimentos provenientes dessas práticas, com efeitos diversos sobre a segurança alimentar. Além de poucos estudos terem investigado esses efeitos, aqueles que o fizeram concentraram-se na agricultura e negligenciaram práticas que envolvem a extração de recursos naturais (caça, coleta e pesca). Assim, este estudo teve por objetivos: (i) classificar e caracterizar os modos de vida rurais, identificando quais estavam associados ao uso mais frequente e à maior dependência de recursos florestais (Capítulo1) e (ii) avaliar se transferências do PBF promoveram alterações nas práticas de subsistência (i.e., intensificação/afastamento da agricultura, caça, pesca e coleta), no consumo de produtos provenientes dessas práticas e na segurança alimentar (Capítulo 2). O estudo foi desenvolvido na porção paulista do Vale do Ribeira, região caracterizada por grande parcela da população vivendo em áreas rurais, elevados níveis de pobreza e baixos indicadores de qualidade de vida. Após etapa qualitativa, realizamos um survey (entrevistas presenciais) em 262 domicílios rurais selecionados por amostragem multiestágio. No Capítulo 1, com base no diagrama conceitual de modos de vida sustentáveis e por meio de Análise de Cluster, identificamos seis modos de vida rurais. Por um lado, os resultados indicaram haver maior dependência e uso de produtos florestais (em termos absolutos) no modo de vida que concentrou os domicílios mais pobres. Por outro, o modo de vida que concentrou os domicílios mais ricos possuía maior renda monetária proveniente da venda de produtos florestais. No Capítulo 2, para avaliar a associação entre PBF e alterações em práticas de subsistência, consumo e segurança alimentar, adotamos o pareamento a posteriori por Escore de Propensão. Nossos resultados mostraram que o PBF não esteve associado a efeitos negativos nas práticas de subsistência e na diversidade de alimentos consumidos, tampouco estimulou o consumo de produtos ultraprocessados; portanto, não afetou a segurança alimentar pelos mecanismos previstos em nossa hipótese. Pelo contrário, constatamos que o PBF teve impacto positivo em certas atividades dos homens (caça e coleta) e sobre o consumo de alimentos provenientes das práticas de subsistência.
  • DOI: 10.11606/D.106.2020.tde-11082020-134735
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Energia e Ambiente
  • Data de criação/publicação: 2020-03-11
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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