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Análise dos contaminantes biológicos presentes no material particulado (PM2,5) de amostras da região metropolitana de São Paulo

Coelho, Cristiane Degobbi

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina 2009-08-05

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Análise dos contaminantes biológicos presentes no material particulado (PM2,5) de amostras da região metropolitana de São Paulo
  • Autor: Coelho, Cristiane Degobbi
  • Orientador: Saldiva, Paulo Hilario Nascimento
  • Assuntos: Poluição Do Ar; Endotoxina; Material Particulado; Fungos; Inflamação; Interleucinas; Particulate Matter; Interleukins; Inflammation; Fungi; Endotoxins; Air Pollution
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: INTRODUÇÃO: A poluição do ar traz diversos efeitos à saúde e, em particular, o material particulado menor do que 2,5 μm (PM2,5), está associado ao aumento das taxas de morbidade e mortalidade devido a doenças cardiorespiratórias. A maioria dos estudos foca apenas na composição química do material, porém os componentes do bioaerossol podem ser responsáveis por aproximadamente 22% da massa total. OBJETIVOS: Nesse estudo, objetivamos determinar a contribuição relativa de fungos e endotoxinas (constituinte da parede celular de bactérias gram-negativas) no PM2,5 e verificar possíveis efeitos inflamatórios locais devido à exposição a fungos e PM2,5 em ratos. MÉTODOS: O estudo foi dividido em três partes: 1) comparação de metodologias de coleta de fungos em amostradores de ar de curta e longa duração realizada em ambiente externo e em ambiente de concentrador de partículas ambientais em Boston, MA. 2) Coleta de 4 tipos de filtros a partir de amostrador de ar de PM2,5 utilizados para análise separadamente de fungos, quantificação de endotoxinas, análise de elementos químicos e extração para instilação em ratos em São Paulo. Dados meteorológicos também foram coletados. 3) Instilação intratraqueal de PM2,5 e fungos originários da atmosfera de São Paulo em ratos machos Wistar divididos em 3 grupos: A (administração de 6,3x102 esporos/μg de PM2.5), B (18x102 esporos/μg de PM2.5) e C (controle - instilação a partir de extração de filtro branco). O sacrifício foi feito após 24 horas da exposição, depois da retirada do lavado broncoalveolar para contagem total e diferencial de leucócitos, além de quantificação de citocinas de respostas TH1 e TH2. RESULTADOS: O estudo de comparação de metodologias mostrou que, entre os amostradores de ar de curta duração, Personal Burkard recuperou maior diversidade e concentração do que Andersen (p<0,05). Entre os amostradores de longa duração, Recording Burkard mostrou-se o melhor em termos de diversidade e concentração de esporos do que filtros MCE (p<0,05). Também observamos que os fungos representaram relevante porção do PM2,5, chegando a concentrações de 2159 esporos/μg em ambiente de Concentrador de Partículas alocado em Boston, MA. A segunda parte do estudo mostrou novamente que os fungos representam porção relevante do PM2.5 alcançando valores médios de até 1345 esporos/μg de PM2,5 a partir de coletas da atmosfera de São Paulo. Da mesma forma, endotoxinas foram obtidas em concentrações médias de 5,52 EU/μg de PM2,5. Os modelos de regressão linear múltipla mostraram que a contagem total de fungos, de basidiósporos hialinos e de Cladosporium sp foi correlacionada positivamente com a presença do fator Ba/Ca/Fe/Zn/K/Si no PM2,5 (p<0,05). Os gêneros Penicillium/Aspergillus foram correlacionados positivamente à concentração de material particulado na atmosfera (p<0,05). Os ascósporos sem pigmentação foram correlacionados positivamente à umidade (p<0,05). As endotoxinas foram correlacionadas apenas à temperatura atmosférica (p<0,05). O modelo de instilação em animais mostrou que a administração de 6,3x102 esporos/μg de PM2,5 foi responsável por um aumento na concentração de TNF e IFN no lavado broncoalveolar (p<0,05). Não foi observado o mesmo efeito quando a concentração de esporos foi de 18x102 esporos/μg de PM2,5. Não foram observadas diferenças sgnificativas contagem total e diferencial de leucócitos. CONCLUSÕES: Fungos e endotoxinas são responsáveis por fração relevante do PM2,5. Esses contaminantes biológicos podem estar associados não apenas a fatores meteorológicos, mas também a elementos químicos presentes no Material Particulado, especialmente a elementos sinalizadores de tráfego de veículos e ressuspensão da crosta. Exposições a diferentes concentrações de fungos associados ao PM2,5 em ratos não sensibilizados podem levar a diferenças em respostas inflamatórias agudas, porém os mecanismos responsáveis por tais resultados devem ser objeto de estudos futuros.
  • DOI: 10.11606/T.5.2009.tde-25092009-144040
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina
  • Data de criação/publicação: 2009-08-05
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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