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Efetividade da terapia cognitivo-comportamental na terapêutica do tabagista

Ismael, Silvia Maria Cury

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina 2007-04-20

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Efetividade da terapia cognitivo-comportamental na terapêutica do tabagista
  • Autor: Ismael, Silvia Maria Cury
  • Orientador: Quayle, Julieta Maria de Barros Reis
  • Assuntos: Abandono Do Uso De Tabaco; Recidiva; Terapia Cognitiva; Resultado De Tratamento; Tabagismo/Terapia; Tobacco Use Cessation; Smoking/Therapy; Recurrence; Cognitive Therapy; Treatment Outcome
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: O tabagismo tem sido considerado um problema de saúde pública mundial pela Organização Mundial da Saúde. São previstas, para 2020, mais de dez milhões de mortes no mundo por doenças tabaco-relacionadas. Torna-se, portanto, importante aprimorar formas de tratamento aos fumantes que queiram parar de fumar e busquem ajuda por não se sentirem capazes de conseguí-lo sozinhos. O objetivo da presente proposta foi investigar se a efetividade de um programa de tratamento com base na terapia cognitivo-comportamental, associada à medicação, seria mais efetivo do que a literatura reporta para a abstinência/recaída. O critério de efetividade foi a cessação do tabagismo auto-referida pelos participantes em seis meses de tratamento. Foram avaliados 61 fumantes, com idades variando entre 18 a 60 anos, de ambos os sexos. Estes fumantes foram divididos em três grupos: pacientes que não pararam de fumar (grupo 1 ), abstinentes (grupo 2) e que recaíram (grupo 3). Os resultados demonstraram que, desta população, 78,7% estavam abstinentes ao final de seis meses de tratamento. Antes, eles fumavam, em média, por 24,6 anos, 22,6 cigarros por dia; 62,3% estavam no estágio de contemplação de acordo com Prochaska. Os motivos mais freqüentes citados para a recaída foram estresse (61,9%) e ansiedade (19%). A média geral do Fagerström foi de 4,18 (tolerância baixa), sendo que o grupo 1 apresentou o grau de tolerância menor da amostra. 77,4% dos fumantes manifestaram estar satisfeitos com o tratamento, sendo que os motivos maiores de satisfação foram o apoio psicológico e a interação com o grupo. O índice de Saúde Geral da amostra é compatível com a população geral; o Inventário Beck de Depressão (BDI) mostrou níveis maiores de depressão nos grupos 1 e 3. Foram propostos indicadores de maior risco de recaída: número de anos que o participante fuma (maior), número de cigarros fumados por dia (menor), ter fumado sempre a mesma quantidade de cigarros por dia, morar com outros fumantes, teores baixos de nicotina no cigarro em relação ao médio e alto, ausência de tentativas anteriores para cessar de fumar, freqüência baixa de participação nas sessões de tratamento, utilizar o cigarro como estimulante, fumar quando entusiasmado, quando não consegue permanecer em locais onde o fumo é proibido, quando refere ter dó de si próprio, quando manifesta pouca satisfação em relação ao trabalho e à vida. A Curva de sobrevida de Kaplan-Meier demonstrou que 49,7% desta amostra devem permanecer em abstinência por um ano, índice maior do que reporta a literatura revisada. Propõe-se a realização de estudo randomizado, com uma população maior, para validar os indicadores propostos e a efetividade comparativa do programa.
  • DOI: 10.11606/T.5.2007.tde-21062007-113413
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina
  • Data de criação/publicação: 2007-04-20
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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