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Abuso sexual na infância de mulheres brasileiras

Castro, Gabriela Brito De

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública 2011-09-16

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Abuso sexual na infância de mulheres brasileiras
  • Autor: Castro, Gabriela Brito De
  • Orientador: França Junior, Ivan
  • Assuntos: Fatores Associados; Maus Tratos Sexuais Infantis; Mulheres; Prevalência; Child Sexual Abuse; Factors Associated; Prevalence; Women
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: INTRODUÇÃO: O Abuso sexual na infância (ASI) tem sido associado a outras formas de violência, bem como a vários desfechos de saúde. Dados acerca do ASI, mesmo subestimados, são elevados, e apontam para estreita relação com questões de gênero. Escassos são os estudos que tratam da prevalência do ASI e ainda mais raros são aqueles sobre fatores associados a esta violência. OBJETIVOS: Estimar a prevalência de ASI entre mulheres brasileiras de áreas rurais e urbanas e analisar fatores associados. MÉTODO: São analisados dados brasileiros oriundos do estudo transversal, multicêntrico em 11 países, coordenado pela Organização Mundial de Saúde. A amostra probabilística brasileira foi representativa e composta por 2.645 mulheres de 15 a 49 anos, residentes no município de São Paulo (SP) e na Zona da Mata de Pernambuco (ZMP) entre 2000 e 2001. Foi realizada análise de regressão logística não condicional para variáveis socioeconômicas, familiares, relacionadas a questões de gênero e à experiência do ASI. Foram estimados os odds ratios (OR) e os respectivos intervalos de confiança (IC95 por cento ). Foram propostos dois modelos estatísticos: um com variáveis temporalmente anteriores ou próximas ao ASI para a amostra total e outro sem restrição de temporalidade para SP e para a ZMP. RESULTADOS: A prevalência em SP foi de 7,67 por cento e de 4,68 por cento na ZMP. A violência ocorreu sobretudo entre 12 e 15 anos. O principal agressor foi familiar do sexo masculino de 30 a 39 anos. O abuso ocorreu em múltiplas ocasiões em aproximadamente um terço dos casos. Proporção significativa de mulheres teve sua iniciação sexual forçada, inclusive antes dos 15 anos. No primeiro modelo, variáveis associadas foram: mãe ter sido agredida por companheiro, os pais não morarem juntos ou não saber da violência. No segundo modelo, para SP, foram: abuso sexual após os 15 anos, primeira relação sexual antes dessa idade, uso de medicamentos para dor, tristeza ou sono nas últimas quatro semanas, sofrer violência exclusivamente física por parceiro íntimo e marido/companheiro ter sofrido violência física por familiar na infância. Por outro lado, para ZMP, foram: abuso sexual após os 15 anos, primeira relação sexual antes dessa idade, uso diário de álcool, sofrer violência física, psicológica e sexual combinadas ou violência exclusivamente sexual perpetrada por parceiro íntimo e mãe sofrer violência por parceiro íntimo, a mulher não se lembrar dessa violência ou os pais não morarem juntos. CONCLUSÕES: O primeiro modelo aqui testado, que buscou explorar mais as causas do ASI, indica que o ASI é determinado pela violência contra a mãe da criança. Concluímos que a violência de gênero atinge mulheres adultas e suas filhas. No segundo modelo, voltado a identificar marcadores de risco de ASI retrospectivo, concluo que há muitas variáveis que podem servir para identificar as mulheres que tenham experienciado o ASI, a quem se pode oferecer cuidado psicossocial. Reduzir a prevalência de ASI, elevada em áreas urbanas e rurais brasileiras, requer a interrupção das violências sofridas pela mulher, principalmente por parceiro íntimo em áreas urbanas brasileiras
  • DOI: 10.11606/D.6.2011.tde-24042012-134445
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública
  • Data de criação/publicação: 2011-09-16
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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