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Os legados e as heranças do regime militar de 1964 ao espaço geográfico-territorial brasileiro

Justo, Mario Augusto Cardoso

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas 2015-11-30

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Os legados e as heranças do regime militar de 1964 ao espaço geográfico-territorial brasileiro
  • Autor: Justo, Mario Augusto Cardoso
  • Orientador: Martin, Andre Roberto
  • Assuntos: Militarismo No Brasil; Modernização Autoritária; Modernização Conservadora; Regime Militar De 1964; Authoritarian Modernization; Conservative Modernization; Militarism In Brazil; The Military Regime In 1964
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Notas Locais: Versão corrigida
  • Descrição: A presente pesquisa trata sobre alguns dos principais legados e heranças que o regime militar de 1964-1985 trouxe ao Brasil. Num primeiro momento abordou-se a formação sócio-política da América Latina, se restringindo mais especificamente à América do Sul, chegando-se ao período que genericamente conhecemos por populismo. E, na sequência, um panorama histórico dos regimes militares que permearam a vida política de várias nações sul-americanas, como Peru, Chile e Argentina, a partir da década de 1960. A análise torna-se centrada no Brasil, a partir da exposição da participação dos militares na política nacional, desde a proclamação da República, em 1889, passando-se pela República Velha, a Era Vargas (1930-1945) e pelo período democrático, iniciado em 1946, até a renúncia de Jânio Quadros, em 1961. Ao chegar-se no período de João Goulart (1961-1964), a análise se torna mais detalhada por aquele ter sido o governo derrubado pelo golpe de 1964. Segue-se um panorama histórico bastante abrangente dos cinco presidentes-generais que governaram o Brasil entre 1964 a 1985: Castelo Branco; Costa e Silva; Médici; Ernesto Geisel; e João Figueiredo. Naquele momento, o trabalho se detém num exame mais acurado do milagre econômico; dos anos de chumbo; da distensão ou abertura; e da transição democrática, com o movimento das Diretas-Já e o Colégio Eleitoral que elegeu Tancredo Neves, presidente da República, em 1985. Após esta longa retomada histórica, são abordados os legados e as heranças do regime militar ao espaço geográfico-territorial brasileiro tomando-se como fio norteador o conceito e o processo de modernização conservadora/centralizadora. Este processo é analisado desde as suas raízes, na Revolução de 1930 e início da Era Vargas, destacando-se o Estado Novo varguista (1937-1945), prosseguindo-se pelo período democrático pós-1946, tratando-se, em especial, do outro governo de Getúlio Vargas (1951-1954) e o de Juscelino Kubitschek (1956-1960). E chega-se ao regime militar iniciado em 1964. O foco desta parte do trabalho são as políticas territoriais adotadas e implementadas pelo governo federal ao longo dessas diferentes fases político-institucionais do Brasil e que afetaram o território nacional trazendo reflexos até hoje, bem como a implantação, estruturação e a consolidação de redes por parte dos governos militares pós- 1964 como a de transportes, a urbana, a de telecomunicações, a elétrica, etc., procurando-se salientar que essa modernização autoritária, imposta pelo governo central brasileiro, apresentou notória continuidade apesar das mudanças político-institucionais que o Brasil experimentou naquelas décadas, fazendo-se então um balanço dos legados e das heranças que esse modelo modernizante, reforçado sobremaneira pelo regime militar, trouxe ao espaço geográfico e território brasileiro, em nome da unificação e da integração nacionais. Finalmente, este trabalho faz uma breve retomada histórica da Geografia Política e da Geopolítica,desde o século XIX até ao século XX, posteriormente adentrando-se no pensamento geopolítico brasileiro, desde a década de 1930 até a visão triunfalista do Brasil-Potência dos anos 1970, com especial destaque ao pensamento de Golbery do Couto e Silva. E depois, as críticas à esta visão triunfalista e ao pensamento geopolítico no Brasil, com a necessidade de se repensar a Geografia Política em nosso país.
  • DOI: 10.11606/D.8.2016.tde-08032016-141651
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
  • Data de criação/publicação: 2015-11-30
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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