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A medicalização de conflitos: consumo de ansiolíticos e antidepressivos em grupos populares

Mendonça, Reginaldo Teixeira

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública 2009-04-29

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    A medicalização de conflitos: consumo de ansiolíticos e antidepressivos em grupos populares
  • Autor: Mendonça, Reginaldo Teixeira
  • Orientador: Adorno, Rubens de Camargo Ferreira
  • Assuntos: Ansiolíticos; Medicamentos Psicoativos; Grupos Populares; Gênero; Conflitos; Antropologia Do Medicamento; Antidepressivos; Anxiolytics; Conflicts; Gender; Antidepressants; Anthropology Of Medicine; Popular Groups; Psychoactive Medicines
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: Esta pesquisa retrata uma experiência etnográfica sobre o consumo de medicamentos antidepressivos e ansiolíticos fornecidos por uma farmácia pública aos moradores de uma área formada por três bairros da cidade de Ribeirão Preto-SP. Esta área era formada por casas populares, casas luxuosas e por uma favela, sendo coberta pela Estratégia de Saúde da Família, com a exceção de uma parte das casas populares, a qual era formado pelas casas COHAB (Companhia Habitacional). O bairro com as casas luxuosas foi incluído somente na observação participante e na fotografia. Os motivos do consumo destes medicamentos, investigados com entrevistas abertas, observação participante, diário de campo e fotografia, são justificados através de uma remodelação e reorganização de espaços entre os moradores destes bairros, marcados por desigualdades sociais, de gênero e pela busca de diferenciação, numa hierarquia classificada entre o ideal e o indesejado através do curso de vida dos moradores. A seleção dos entrevistados foi realizada a partir dos dados da dispensação dos medicamentos psicoativos pela farmácia pública fornecedora, a qual também estava incluída na experiência etnográfica, tendo sido a dispensação dos medicamentos incluída na observação participante. O consumo de medicamentos psicoativos foi analisado a partir da ótica de seus consumidores, revelando que estariam contribuindo para perpetuar os papéis sociais frente à dinâmica social, como os relacionados ao gênero e à classe social. A pesquisa revela uma associação entre vida cotidiana e consumo de medicamentos psicoativos, destoante de um produzir saúde, esperado da relação entre serviços de saúde e população, e de uma associação entre doença e uso de medicamentos. Aprofundar questões sociais sobre o consumo de medicamentos em grupos populares poderá evitar seu uso abusivo com a função de produzir um corpo explorado quimicamente por se estender seus limites de produção, aprofundando e silenciando desigualdades sociais. O consumo de medicamentos psicoativos deve ser analisado com cautela, devendo seu consumo ser problematizado.
  • DOI: 10.11606/T.6.2009.tde-28092009-164952
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública
  • Data de criação/publicação: 2009-04-29
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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