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Ille ego Romanus vates: a autoridade poética do relegatus nos Tristia e Epistulae ex Ponto, de Ovídio

Ugartemendia, Cecilia Marcela

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas 2022-01-27

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Ille ego Romanus vates: a autoridade poética do relegatus nos Tristia e Epistulae ex Ponto, de Ovídio
  • Autor: Ugartemendia, Cecilia Marcela
  • Orientador: Hasegawa, Alexandre Pinheiro
  • Assuntos: Tristia; Ovídio; Exílio; Epistulae Ex Ponto; Autoridade; Exile; Ovid; Tristia; Authority
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: O objeto de pesquisa encontra sua delimitação no estudo dos Tristia e das Epistulae ex Ponto, poemas do exílio de Ovídio, período que se estendeu até sua morte. Nestas obras, a construção discursiva da tópica do exílio soma-se à reflexão poética sobre sua nova situação como relegatus. Essa combinação dá lugar à necessidade da construção da autoridade poética da persona exilada, que pode ser traçada ao longo destas duas obras. Ao analisar o modo como Ovídio concebe o exílio, surge a hipótese de avaliar se e como a experiência disruptiva do exílio para um poeta romano como Ovídio o leva a utilizar estratégias discursivas que lhe permitam erguer-se a si próprio como modelo de poeta exilado. Na construção da autoridade poética ovidiana, delimitaremos três aspectos a serem analisados. O primeiro versa sobre a figura do poeta exclusus como auctor. A partir deste aspecto, estudaremos a relação do poeta com a) a construção de sua memória em Roma; b) a reiteração na eleição do gênero de epístolas elegíacas que leva a fechar sua carreira poética, prestigiando o gênero por ele proposto e caracterizado como ignotum opus (Ars 3. 346); e c) a reivindicação da persona exilada como auctor e vates. O segundo aspecto terá como eixo a figura do poeta como centro do mito do exílio, nos termos de Claassen (1988). Ovídio constrói a persona como modelo de exilado e, portanto, autoridade incontestável sobre o tema. Aqui dedicaremos maior atenção a) às caraterísticas do poeta como etnógrafo da região na qual é forçado a viver e b) às comparações estabelecidas pelo poeta entre sua persona e figuras míticas da tradição. O último aspecto visa estudar a tensão que surge a partir do confronto da autoridade poética e autoridade política, especialmente no que diz respeito à relação entre o poeta, o divus princeps e a domus Augusta.
  • DOI: 10.11606/T.8.2022.tde-28072022-190514
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
  • Data de criação/publicação: 2022-01-27
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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