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Modernização técnico-científica-informacional e os espaços da globalização sistemas técnicos, estrutura fundiária e relações de trabalho na agroindústria canavieira de Alagoas (1990-2020)

Paul Clívilan Santos Firmino Rosa Ester Rossini

2023

Localização: FFLCH - Fac. Fil. Let. e Ciências Humanas    (https://doi.org/10.11606/T.8.2022.tde-26052023-114241 )(Acessar)

  • Título:
    Modernização técnico-científica-informacional e os espaços da globalização sistemas técnicos, estrutura fundiária e relações de trabalho na agroindústria canavieira de Alagoas (1990-2020)
  • Autor: Paul Clívilan Santos Firmino
  • Rosa Ester Rossini
  • Assuntos: INDÚSTRIA AGRÍCOLA -- 1990-2020 -- ALAGOAS; DESEMPREGO -- 1990-2020 -- ALAGOAS; EMPREGO -- 1990-2020 -- ALAGOAS; GLOBALIZAÇÃO -- 1990-2020 -- ALAGOAS; MODERNIZAÇÃO -- 1990-2020 -- ALAGOAS; RELAÇÕES DE TRABALHO -- 1990-2020 -- ALAGOAS; Agroindústria Sucroenergética Alagoana; Des(Emprego) Estrutural; Modernização Técnico-Científica-Informacional; Novas/Velhas Relações De Trabalho
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: A revolução técnico-científica do final do século XX e o avanço das modernizações por entre as atividades do campo, têm proporcionado a constituição de uma agricultura científica, técnica, informatizada e globalizada, inserindo-a nas novas lógicas mundiais, subordinando sistemas técnicos e inovações às demandas econômicas globais e aos imperativos do agronegócio. A apreensão do entendimento do meio técnico-científico-informacional (SANTOS, [1996] 2008), tornou-se fundamental diante da sua inserção no campo, encontrando aí maior facilidade para se instalar, expulsando pequenos produtores, reduzindo mão de obra e inserindo lógicas estabelecidas pelo grande capital e mercados globais em parceria com os Estados nacionais. Essa realidade tem contribuído para que as agroindústrias sucroenergéticas modernizem-se, como forma de garantir espaço no mercado e se encaixem num processo produtivo mais verticalizado: inovações no preparo do solo, na plantação, na adubação, na irrigação, na colheita, no processamento dos produtos finais; melhoria da logística dos transportes; expansão da atividade canavieira para áreas tidas como não tradicionais; inserção de maquinários modernos e mão de obra com alta qualificação profissional versus massas de desempregados/subempregados e diminuição no valor médio do salário a diária. As agroindústrias alagoanas vêm conhecendo diversas modernizações, despontando desde finais do século XX como as principais do Nordeste no que concerne à produção de cana,
    com a Mesorregião Leste figurando como a 1ª da região e a 13ª do país (IBGE, 2019). O século XX foi emblemático para as usinas alagoanas: na segunda metade dá-se por exemplo o uso dos tabuleiros costeiros; a partir dos anos de 1990, o espaço agrário alagoano entra na encruzilhada dos ditames do mercado global, com maior competitividade entre as usinas, levando-as a modernização em ritmo acelerado, particularmente pelas maiores e mais consolidadas, a exemplo da Caeté, Coruripe e Santo Antônio, que vêm conseguindo absorver de forma rápida as imposições do processo de modernização. À vista disso, a presente tese tem como objetivo analisar e discutir a modernização técnico-científica-informacional da agroindústria canavieira alagoana, centrando-se numa investigação dos espaços da globalização a partir dos novos sistemas técnicos e dos processos de inovações vigentes, trazendo à tona a estrutura fundiária do estado e as relações de trabalho no setor no período de 1990 a 2020. Para tanto, alguns conceitos e categorias foram imprescindíveis: espaço geográfico e formação socioespacial, meio técnico-científico-informacional e globalização, sistemas técnicos e inovações, modernizações e transformações agrícolas, agronegócio e agroindústria canavieira, região e sub-região, monocultura e latifúndio, força de trabalho, (des)emprego/desocupação e questões de gênero, pequena e média propriedade, agricultura e economia de subsistência, questão agrária e reforma agrária. A investigação
    contou com o arcabouço teórico baseado numa gama de autoras(es) da Geografia e de áreas afins, com dados e informações do trabalho de campo e com pesquisa documental e em sites como o IBGE, SINDAÇÚCAR e RIDESA. A canavicultura continua sendo a atividade mais lucrativa em Alagoas neste limiar de século XXI, centralizando e concentrando a produção num número limitado de unidades. Destarte, a discussão em torno da presente temática, torna-se relevante diante do processo de metamorfose que vem adentrando o campo através do processo de globalização, visto a infinidade de objetos criados para suprir as necessidades da canavicultura frente às exigências da competitividade do período. Apesar da modernização conhecida pela agroindústria sucroenergética alagoana, é preciso encarar alguns desafios que acabam por se constituírem em obstáculos àquelas usinas que estão atrás no processo de modernização, bem como para a sociedade alagoana de forma geral: qualificação e absorção da mão de obra que é substituída mediante as inovações na canavicultura; resolução de problemas ambientais como as queimadas da cana em época de corte e a utilização dos resíduos/dejetos do processo industrial; baixo grau de dinamismo econômico e comércio pouco variado nas cidades localizadas onde impera essa monocultura; e políticas de valorização e incentivos a diversificar as atividades no/do rural mediante distribuição e uso diversificado da terra
  • Data de criação/publicação: 2023
  • Formato: 437 p.
  • Idioma: Português

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