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Desreguladores endócrinos e síndrome do olho seco

Pontelli, Regina Célia Nucci

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto 2020-03-06

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Desreguladores endócrinos e síndrome do olho seco
  • Autor: Pontelli, Regina Célia Nucci
  • Orientador: Rocha, Eduardo Melani
  • Assuntos: Disruptores Endócrinos; Doenças Oculares; Poluentes Ambientais; Síndromes Do Olho Seco; Dry Eye Syndrome; Endocrine Disruptors; Environmental Contaminants; Ocular Diseases
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: Introdução - A síndrome do olhosecoé uma doença multifatorial causada por alterações no filme lacrimal. Os hormônios sexuais influenciam a produção de lágrimas e seu desequilíbrio está associado ao olho seco. Os desreguladores ou disruptores endócrinos pertencem a um grupo de compostos onipresentes na natureza que se ligam a receptores hormonais alterando a produção de diversos hormônios, inclusive os sexuais. Objetivo - Identificar uma possível relação entre a síndrome do olho seco e a exposição a desreguladores endócrinos. Método - Níveis de 21 desreguladores foram medidos na urina de pacientes com olho seco (n= 33) e indivíduos controle (n = 21), por meio de cromatografia líquida e espectrometria de massa. Os voluntários foram submetidos a exame oftalmológico incluindo: teste de Schirmer; teste de coloração com fluoresceína e lissamina verde e teste de ruptura do filme lacrimal. Os voluntários responderam a um questionário para diagnóstico de olho seco e um outro sobre características sociodemográficas, medicamentos utilizados, estilo de vida e doenças associadas. Resultados - O grupo olho seco e o grupo controle se mostraram semelhantes em relação ao estilo de vida, medicamentos utilizados e doenças associadas, com exceção do grupo olho seco em relação a doenças reumáticas (p <0,001). Os níveis de ácido metilprotocatecúico e triclocarban na urina apresentaram diferenças significativas entre os grupos (p = 0,0189 e 0,0081, respectivamente) com o primeiro em maior concentração no grupo olho seco e o segundo no grupo controle. Associação entre concentrações urinárias e dados clínicos foi avaliada. Associações positivas foram encontradas entre metil parabeno, etil parabeno eácido metil-protocatecúico com coloração por fluoresceina; triclocarban comtempo de ruptura do filme lacrimal eácido metil-protocatecúico comescore do questionário para olho seco. Associações negativas foram encontradas entre etil parabeno eácido metil-protocatecúico com teste de Schirmer; ácido metil-protocatecúico com tempo de ruptura do filme lacrimal; triclocarban com questionário de olho seco e coloração por fluoresceína e lisamina. A análise multivariada foi aplicada para avaliar o conjunto de desreguladores simultaneamente. A função discriminante quadrática classificou 94,4% dos indivíduos em seus respectivos grupos. Conclusão - Metil parabeno, etil parabeno e ácido metil-protocatecúico foram associados a maior comprometimento dos sinais de olho seco. Triclocarban demonstrou um efeito protetor acidental no grupo controle. Esses achados sugerem que alguns desreguladores podem estar associados à síndrome do olho seco. Essas observações indicam que a exposição a esses compostos pode ser incluída na investigação de causas e fatores de risco para olho seco. Estudos mais aprofundados e multicêntricos são necessários para confirmar os achados da nossa pesquisa.
  • DOI: 10.11606/T.17.2020.tde-18082020-220524
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
  • Data de criação/publicação: 2020-03-06
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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