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A unidade comunicativa conversacional

Hudinilson Urbano Congresso Nacional Mackenzie - Letras em Rede: Linguagem e Saberes (2012 São Paulo)

Resumos das Comunicações São Paulo: Universidade Presbiteriana Mackenzie, 2012 agosto 2012

São Paulo Universidade Presbiteriana Mackenzie 2012

Localização: FFLCH - Fac. Fil. Let. e Ciências Humanas    (Resumo no registro )(Acessar)

  • Título:
    A unidade comunicativa conversacional
  • Autor: Hudinilson Urbano
  • Congresso Nacional Mackenzie - Letras em Rede: Linguagem e Saberes (2012 São Paulo)
  • Assuntos: CONVERSAÇÃO; SOCIOLINGUÍSTICA
  • É parte de: Resumos das Comunicações São Paulo: Universidade Presbiteriana Mackenzie, 2012 agosto 2012
  • Descrição: Existe mesmo a frase na língua falada? A partir dessa pergunta aparentemente sem propósito, pretendemos discutir essa questão, tendo em mente não só essa realidade em si, mas sua conceituação compatível com os dados orais conversacionais. Ou, em outras palavras: existe uma definição possível, realmente compatível com, ou que dê conta da, complexidade dos dados conversacionais naturais? A questão, que se coloca como polêmica, se prende, entre outras razões, à aparente impossibilidade na observação e captação de dados conversacionais naturais, que costumam ser trabalhados à base de gravações, as quais, por melhores que sejam, acabam, na verdade, por descaracterizar e desqualificar a “naturalidade” da fala. Essas observações, que podem ter sabor de novas, já foram de alguma forma despertadas por Dorotheia Franck, em 1981, no artigo “Sentenças e turnos conversacionais: um caso de `double bind´ sintático”, do qual extraímos alguns trechos significativos para o nosso enfoque, a serem propostos à reflexão: “que tipos de objetos devem ser considerados sentenças, para que nossa definição seja compatível com os pressupostos básicos da análise conversacional”; “uma breve inspeção de dados conversacionais confirma que as sentenças ou componentes sentenciais (incluindo formulações elípticas, em alguns contextos) são efetivamente operativos, não somente para a análise linguística, mas para os próprios participantes”; “os lingüistas têm que encarar as sentenças não apenas como unidades no tempo, mas também como unidades-a-serem-descobertas, enquanto ainda prossegue sua produção”; “em vez de analisar as sentenças como produtos terminados da atividade da fala, de uma perspectiva pós-factum, parece mais cabível, à luz de nossas observações, tratá-las como processos que se desenrolam
    no tempo”; “a ‘bagunça´ da sintaxe da linguagem conversacional pode parece um empecilho para o linguista acostumado a lidar com material limpo e purificado. Mas, precisamente essas características são as que fornecem a flexibilidade necessária para satisfazer às necessidades funcionais da conversação natural. A consciência de tais exigências permite explicar vários fenômenos linguísticos (...)” (grifo nosso). Levando em conta as provocações acima, a serem meditadas e reelaboradas; os princípios e pressupostos da teoria e/ou metodologia da Análise da Conversação nas suas diversas perspectivas e a experiência em pesquisas a partir de uma observação direta “ao vivo”, advogamos a existência de unidades comunicativas do tipo frase na Língua Falada, em particular, na língua falada conversacional. Pretendemos, então, dar testemunho dessa realidade e, concomitantemente, discutir e propor critérios compatíveis e quiçá suficientes para se chegar a sua conceituação. Vários deles são conhecidos, mas nos parecem insuficientes, se considerados isoladamente. Pesquisas feitas e os resultados obtidos, em quantidade e qualidade, de frases orais nos autorizam essa pretensão.
  • Editor: São Paulo Universidade Presbiteriana Mackenzie
  • Data de criação/publicação: 2012
  • Formato: p. 3.
  • Idioma: Português

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