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Caracterização do perfil de dependentes químicos sensíveis ao acolhimento em comunidades terapêuticas

Ruiz, Geny Cristina Dias

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto 2019-02-08

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Caracterização do perfil de dependentes químicos sensíveis ao acolhimento em comunidades terapêuticas
  • Autor: Ruiz, Geny Cristina Dias
  • Orientador: Santos, José Sebastião dos
  • Assuntos: Reinserção Social; Comunidade Terapêutica; Dependência Química; Drogas; Políticas Públicas; Política De Saúde Mental; Chemical Dependence; Public Policy; Mental Health Policy; Drugs; Community Therapeutics; Social Reintegration
  • Notas: Mestrado Profissionalizante
  • Descrição: Introdução: As estratégias de abordagem para dependentes químicos ainda constituem desafios para a formulação das políticas públicas da saúde, da assistência social e do trabalho e, nesse contexto, o papel do tratamento em comunidades terapêuticas (CTs), como uma alternativa encontrada pelo poder público, ainda é objeto de controvérsia. Objetivo: Caracterizar o perfil dos dependentes químicos com remissão sustentada e reinserção social, mediante tratamento em CTs. Metodologia. Realizou-se pesquisa avaliativa, retrospectiva, mista, destinada a caracterizar a estrutura, o processo e resultados das práticas assistenciais desenvolvidas por CTs do município de Ribeirão Preto. A organização das CTs, bem como o perfil sociodemográfico e epidemiológico dos dependentes químicos atendidos foram obtidos por meio de pesquisa documental e entrevista semiestruturada com os gestores e profissionais. Os fatores preditores de adesão, abstinência e reinserção social dos dependentes químicos foram obtidos por meio de estudo de múltiplos casos, considerando a perspectiva da equipe e dos acolhidos. Resultados: As CTs avaliadas estavam regulamentadas e aptas a ofertar o atendimento em saúde mental, com estruturas e processos amparados pela legislação. Dentre os 711 prontuários estudados, o acesso às CTs foi feito, predominantemente, a partir do Sistema de Assistência Social com 408 casos (57,40%), seguido da demanda espontânea em 168 (23,62%) e, finalmente, pelo Sistema de Saúde que encaminhou 135 (19,98%) pacientes. A internação foi motivada pelas dependências do crack em 341 (47,84%) pacientes, da cocaína em 226 (31,78%), do álcool em 138 (19,40%) e de outras drogas em 7(0,98%). Os homens negros e pardos representavam a maioria dos acolhidos: 428 (60,19%); 267(37,55%) estavam na faixa etária dos 30 aos 40 anos; 227(31,92%) possuíam apenas o ensino fundamental incompleto; 296 (41,63%) declararam receber até um salário mínimo; 226 (31,78%) não possuíam renda e 53% não tinham vínculos familiares. A alta terapêutica foi dada para 205 (28,83%) pacientes; 412 (57,94%) solicitaram alta; 81 (11,39%) deixaram a CT com alta administrativa e 13 (1,84%) abandonaram o tratamento. Após o processo de acolhimento, dentre os 47 pacientes em condição de remissão sustentada e reinserção social, verificou-se, de forma significativa, que a maioria recebeu alta terapêutica, a situação conjugal modificou-se, de 19,15% para 87,23% de casados/amasiados, o índice de vínculo familiar positivo passou de 55,32% para 97,87% e as faixas de renda de até 3 salários mínimos passaram de 23,4% para 48,94, e acima de 3 salários mínimos de 8,51 para 31,91%%. Conclusão: As comunidades terapêuticas são pouco reconhecidas como componente da rede psicossocial pelo sistema de saúde, têm baixa adesão dos acolhidos, mas é um componente assistencial que pode favorecer a remissão sustentada por meio do estabelecimento de vínculos afetivos, do trabalho e da renda
  • DOI: 10.11606/D.17.2019.tde-11042019-111043
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
  • Data de criação/publicação: 2019-02-08
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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