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Geologia e estudo metalogenético do Maciço Itaoca, Vale do Rio Ribeira, SP e PR

Mello, Ivan Sergio De Cavalcanti

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Geociências 1995-12-19

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Geologia e estudo metalogenético do Maciço Itaoca, Vale do Rio Ribeira, SP e PR
  • Autor: Mello, Ivan Sergio De Cavalcanti
  • Orientador: Bettencourt, Jorge Silva
  • Assuntos: Metologênese; Not Available
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: O maciço granitóide Itaoca possui área superior a 200 km², e integra os terrenos Pré-cambrianos do Cinturão Ribeira que afloram no sul-sudeste de São Paulo e nordeste do Paraná (Vale do Ribeira), como parte das faixas de dobramento do Sudeste do Brasil. As encaixantes do batólito, que se mostra intrusivo e circunscrito, são metassedimentos do Subgrupo Lageado (parcialmente equivalente ao Grupo Açungui), cuja estratigrafia é aqui revisada e parcialmente correlacionada com a Formação Água Clara, considerada basal à unidade Lageado. Foram reconhecidas e mapeadas no maciço fácies e associações de fácies granitóides calcioalcalinas monzoníticas de alto potássio. A natureza do batólito e suas encaixantes, a relação de contato entre as ígneas e os metassedimentos, a distribuição das fácies intrusivas no maciço e os parâmetros físico-químicos da formação dos escarnitos da área permitem considera-lo posicionado entre a epizona e mesozona crustais, dos 6 a 7 km de profundidade, e formado poer várias injeções granitoides e sienitóides cogenéticas, por balloning, a partir de magma precursor gerado na base da crosta. Esta fusão original, essencialmente crustal, teria composição primordial diorítica e pode ter recebido contribuição mantélica, a considerar-se como indicativos, nesse sentido, alguns dos enclaves existentes na área. A sistemática \'RB\'/\'SR\', aplicada em rochas totais granitoides, atribui ao maciço idade isocrônica de 626 Ma. O maciço possui assinaturas petrográficas, geoquímicas e metalogenéticas que permitem classifica-lo como do tipo I Cordilherano. Dentro da evolução do Vale do Ribeira, pode ser considerado tardio ao desenvolvimento de arco magmático do tipo andino, e sin a tardi-tectonico em relação a deformação da bacia Açungui, no final do Neoproterozóico (Brasiliano). No maciço há ocorrências minerais diversas, dentre as quais se destacam as de wollastonita (CasiO3) e scheelita-powellita [Ca(W,Mo)O4], alojadas em escarnitos formados pelo metamorfismo térmico de contato da intrusão com mármores dependentes do teto posicionados no centro do batólito. Dessas ocorrências, a wollastonita é gerada por processos de descarbonatação das matrizes mármoreas dos escarnitos, em decorrência do metamorfismo de contato. Os corpos metassomáticos mineralizados do Itaoca são representantes clássicos dos W-Mo-Cu escarnitos de contato magmático reconhecidos em diversas partes do mundo. Estes corpos e mineralizações associadas foram constituídos em vários estágios metassomático-hidrotermais, a partir dos 600\'GRAUS\'C e pressão em torno de 2kbar. À mineralização de wollastonita e scheelita-powellita se superpõem sulfetos metálicos diversos (pirita, pirrotita, arsenopirita, molibdenita, esfarelita, calcopirita, bornita), minerais supérgenos de cobre (malaquita e azurita) e ouro, gerados em temperaturas progressivamente rebaixadas. Por sua vez, a partir de indicadores diversos, quais sejam a linhagem granitoide do Itaoca, a tipologia dos depósitos e as assinaturas isotópicas de estrôncio, carbono e oxigênio dos escarnitos, sugere-se origem magmática para o conteúdo metálico do estágio metassomático destes corpos. Com base em correlações entre as matrizes marmóreas dos escarnitos e os litotipos associados, dos pendentes do teto do Itaoca, os metassedimentos da borda do maciço e as unidades metassedimentares regionais, apresenta-se modelo para a geração de escarnitos de contato magmático no Vale do Ribeira. Neste caso, os escarnitos seriam corpos stratabound, associados aos horizontes marmóreos da Formação Água Clara, basal ao Subgrupo Lageado, enquanto que seus principais conteúdos metálicos estariam subordinados à natureza das intrusivas granitoides envolvidas na geração desses corpos metassomáticos. Características mercadológicas, reservas, teores dimensionados e ensaios de beneficiamento indicam que, no Itaoca, a mineralização de wolfrâmio não possui significado econômico, enquanto que as reservas de wollastonita do maciço, da ordem de 400 000 toneladas do mineral, poderão vir a se constituir em uma nova matéria-prima nacional para o parque industrial brasileiro.
  • DOI: 10.11606/T.44.1995.tde-12112015-141022
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Geociências
  • Data de criação/publicação: 1995-12-19
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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