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Depressão como preditor para fragilidade nos idosos: estudo de coorte ambulatorial

Borges, Marcus Kiiti

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina 2021-04-09

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Depressão como preditor para fragilidade nos idosos: estudo de coorte ambulatorial
  • Autor: Borges, Marcus Kiiti
  • Orientador: Aprahamian, Ivan
  • Assuntos: Psiquiatria Geriátrica; Prognóstico; Morbidade; Idoso; Fragilidade; Depressão; Frailty; Geriatric Psychiatry; Depression; Morbidity; Prognosis; Aged
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: Introdução: As evidências atuais da literatura relatam uma relação bidirecional entre a depressão geriátrica e a fragilidade. Revisões sistemáticas mostram potencial sobreposição de fatores clínicos e epidemiológicos de ambas condições prevalentes. O objetivo deste estudo foi investigar se a depressão geriátrica está associada à fragilidade incidente ao longo do tempo. Métodos: O presente estudo incluiu dados de uma coorte prospectiva de 315 idosos ( >= 60 anos) atendidos em um ambulatório de geriatria. Análises transversal (no baseline) e longitudinal (após o seguimento de 1 ano) foram realizadas. Os participantes foram avaliados com uma avaliação geriátrica ampla e, responderam a questionários de autorrelato incluindo dados sociodemográficos e clínicos. GDS-15 e PHQ-9 foram aplicados como escalas de rastreamento e gravidade da depressão. A depressão (maior e subsindrômica) foi diagnosticada através dos critérios do DSM-5 e seguindo a entrevista clínica SCID-5-CV. O índice de fragilidade de 36 itens (IF-36) foi utilizado como o principal instrumento para definição da fragilidade. A associação entre as variáveis de interesse foi estimada através de diferentes métodos de regressão logística e linear. Os participantes que eram frágeis no início do estudo foram excluídos das análises de acordo com as medidas de fragilidade (o questionário FRAIL e o IF-36). Estimamos as medidas de razão de chances (RC), razão de riscos ou risco relativo (RR) e diferença de riscos ou risco atribuível (RA) para a fragilidade incidente. Os modelos foram ajustados para covariáveis, tais como: idade, sexo, escolaridade, índice de massa corpórea (IMC), desempenho cognitivo, polifarmácia e multimorbidade. Resultados: Os participantes foram caracterizados por uma média de idade de 72,1 anos, 68,3% de mulheres, 20% com depressão maior, 27% com depressão subsindrômica e 33,3% de frágeis. A prevalência de fragilidade foi diferente entre os idosos deprimidos e os não deprimidos (p < 0,001). Idosos deprimidos apresentaram uma RC de 2,77 para fragilidade no baseline (p = 0,01). O risco para fragilidade foi maior (3,17) quando considerado o diagnóstico de depressão maior (p = 0,006), mas não foi significativo para depressão subsindrômica no baseline (p = 0,777). A gravidade de sintomas depressivos foi associada ao maior risco de fragilidade (p < 0,001). Observamos um risco 2 a 4 vezes maior de fragilidade incidente entre os participantes com depressão ao longo do tempo. A presença de um transtorno depressivo foi significativamente associada ao surgimento da fragilidade (OR ajustado para FRAIL e IF-36: 3,07 [IC 95% = 1,03 - 9,17] e 3,76 [IC 95% = 1,09 - 12,97]), respectivamente. O risco relativo para a fragilidade foi significativamente maior com o IF-36 em comparação ao FRAIL (RR: 3,03 versus 2,23). O RA foi de 17,3% e 12,7% com o FRAIL e o IF-36, respectivamente. Conclusão: A relação entre depressão geriátrica e fragilidade baseia-se em poucos estudos longitudinais. Nossos dados suportam a associação entre a depressão e fragilidade incidente em idosos após um ano de seguimento, reforçando a evidência longitudinal de estudos de base populacional
  • DOI: 10.11606/T.5.2021.tde-21092021-145359
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina
  • Data de criação/publicação: 2021-04-09
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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