skip to main content
Primo Advanced Search
Primo Advanced Search Query Term
Primo Advanced Search Query Term
Primo Advanced Search Query Term
Primo Advanced Search prefilters

Efeitos da melatonina na criopreservação do tecido ovariano

Shiroma, Marcos Eiji

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina 2020-11-18

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Efeitos da melatonina na criopreservação do tecido ovariano
  • Autor: Shiroma, Marcos Eiji
  • Orientador: Damous, Luciana Lamarão; Júnior, José Maria Soares
  • Assuntos: Criopreservação; Sobrevivência De Enxerto; Preservação Da Fertilidade; Ovário; Melatonina; Transplante Autólogo; Melatonin; Graft Survival; Ovary; Fertility Preservation; Cryopreservation; Transplantation Autologous
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: INTRODUÇÃO: Os avanços no tratamento de câncer possibilitaram maior sobrevida às pacientes. Consequentemente, novas técnicas que permitam a manutenção da fertilidade dessas mulheres são estudadas e algumas permanecem em caráter experimental, como o transplante de ovário, que ainda apresenta limitações na qualidade do tecido criopreservado depois do descongelamento. A melatonina é uma indolamina com potente propriedade anti-oxidante cujos efeitos tem sido estudados em transplante de diversos órgãos. OBJETIVO: Avaliar os efeitos da melatonina na criopreservação do tecido ovariano de ratas: avaliação funcional pela retomada do ciclo estral após transplante; macroscopia, histomorfometria e imunoistoquímica do enxerto. MATERIAIS E MÉTODOS: Vinte e seis ratas Wistar adultas, com cerca de três meses de idade e ciclos estrais regulares foram distribuídas, randomicamente, em dois grupos com 13 animais em cada: 1) grupo controle: ovários criopreservados com meio M2 de cultura celular e crioprotetor dimetilsulfóxido (DMSO); e 2) grupo melatonina: ovários criopreservados com meio M2, DMSO e melatonina. Os ovários foram mantidos em nitrogênio líquido por 24h e, em seguida, realizou-se transplante autólogo e avascular dos ovários íntegros em retroperitônio. Em outros três animais de cada grupo, os ovários foram analisados imediatamente após o descongelamento, para avaliar os possíveis efeitos causados pela criopreservação. A partir do 15o dia de pós-operatório (PO), coletaram-se esfregaços vaginais diários corados pela técnica de Shorr-Harris para caracterização do ciclo estral. Entre o 30o e 35o dia de PO, os animais foram submetidos à eutanásia sempre na fase diestro do ciclo estral. Os enxertos ovarianos foram identificados, ressecados e armazenados. Realizaram-se as seguintes análises: 1) histomorfológica; 2) histomorfométrica (classificação e contagem de folículos ovarianos e corpos lúteos); 3) quantificação de colágeno no estroma do ovário (Picrosirius); 4) imunoistoquímica para proliferação celular (Ki-67), apoptose (caspase-3 clivada, TUNEL), angiogênese (fator - von Willebrand) e expressão hormonal (receptor para estrogênio e progesterona). RESULTADOS: No grupo de ratas cujos enxertos ovarianos foram analisados logo após o descongelamento, não se observou diferença estatisticamente significativa do grupo melatonina em relação ao controle com relação a folículos imaturos (4,66 ± 0,88 x 10,33 ± 2,90; p=0,13), folículos maduros (5,33 ± 1,20 x 11,00 ± 3,51; p=0,20), corpos lúteos (10,33 ± 4,70 x 10,00 ± 3,46; p=0,95), vasos sanguíneos (2,66 ± 1,76 x 4,66 ± 1,45; p=0,43), expressão de caspase em estroma (1,95 ± 0,33 x 1,61 ± 0,32; p=0,48), caspase em folículos (2,37 ± 0,33 x 3,39 ± 0,75; p=0,18), TUNEL em estroma (0,21 ± 0,09 x 0,05 ± 0,01; p=0,05) e TUNEL em folículos (0,07 ± 0,01 x 0,04 ± 0,01; p=0,26). No grupo de ratas cujos enxertos ovarianos foram analisados após 30 a 35 dias do transplante, todos os animais apresentaram fase estral do ciclo estral, sendo mais precoce no grupo melatonina (16,22 ± 0,50 x 20,75 ± 1,89; p=0,0017). Os folículos ovarianos viáveis estavam em diversos estágios de desenvolvimento e os corpos lúteos, intactos. O grupo melatonina, em relação ao grupo controle, apresentou aumento em: folículos maduros (8,75 ± 2,02 x 3,01 ± 0,91; p=0,04), colágeno tipo I (8,52 ± 1,04 x 5,75 ± 0,52; p=0,03), células endoteliais (fator de von Willebrand) (3,20 ± 0,38 x 1,69 ± 0,28; p=0,003), proliferação celular por Ki67 tanto em folículos (4,09 ± 0,55 x 1,46 ± 0,29; p=0,002) como corpos lúteos (5,27 ± 0,54 x 1,67 ± 0,33; p < 0,001), receptores de estrogênio em folículos (5,37 ± 0,73 x 2,41 ± 0,93; p=0,02), corpos lúteos (6,43 ± 0,85 x 2,25 ± 0,38; p < 0,001) e apoptose por caspase em corpos lúteos (24,50 ± 2,06 x 5,88 ± 0,82; p < 0,001). O grupo melatonina, em relação ao controle, revelou redução em colágeno tipo III (1,49 ± 0,15 x 3,53 ± 0,28; p < 0,001) e apoptose pelo método TUNEL em folículos (0,04 ± 0,02 x 0,40 ± 0,14; p < 0,001) e corpos lúteos (0,10 ± 0,03 x 1,58 ± 0,23; p < 0,001). Não houve diferença estatisticamente significativa no grupo melatonina em relação ao controle em número de folículos imaturos (6,00 ± 2,55 x 7,20 ± 3,23; p=0,66), corpos lúteos (5,22 ± 1,05 x 7,86 ± 1,71; p=0,34) e apoptose representada pela caspase 3 clivada em folículos (13,70 ± 1,79 x 11,30 ± 1,87; p=0,38) nem em receptores de progesterona em folículos (4,65 ± 1,13 x 4,26 ± 0,53; p=0,77) ou corpos lúteos (13,47 ± 1,72 x 16,62 ± 1,07; p=0,14). CONCLUSÃO: O emprego da melatonina na solução de criopreservação aparenta melhorar a qualidade do tecido ovariano preservado, em parâmetros funcionais, histológicos e imunoistoquímicos
  • DOI: 10.11606/T.5.2020.tde-14062021-085228
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina
  • Data de criação/publicação: 2020-11-18
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

Buscando em bases de dados remotas. Favor aguardar.