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Fundamentos teóricos e afundamentos acríticos da literatura no silêncio

Sachet, Celestino

Anuário de literatura : publicação do Curso de Pós-Graduação em Letras, Literatura Brasileira e Teoria Literária, 1994-01, Vol.2 (2), p.47-58 [Periódico revisado por pares]

Florianopolis: Universidade Federal de Santa Catarina, CCE - Anuário de Literatura

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Citações Citado por
  • Título:
    Fundamentos teóricos e afundamentos acríticos da literatura no silêncio
  • Autor: Sachet, Celestino
  • Assuntos: Czech literature ; French literature ; Kundera, Milan (1929-2023)
  • É parte de: Anuário de literatura : publicação do Curso de Pós-Graduação em Letras, Literatura Brasileira e Teoria Literária, 1994-01, Vol.2 (2), p.47-58
  • Descrição: Encerrado como castigo permanente, na fenda de um pinheiro ate ser liberto pelo novo amo, PrOspero-JUpiter, Ariel considera-se escravo, serve-o fielmente e com o retorno do velho duque para o seu castelo de Mildo, volta ao estado primitivo de "espirito do ar", de ser espiritual. 0 Conhecimento-Essncia, aspiracao cldssica e medieval do genero humano aos universais da "res"; o Conhecimento-Existencia, aspiracao romantico-realista da criatura humana aos individuais do "homo"; o Conhecimento-Estancia do aqui-agora, aspiracao pi5s-moderna do Eu Fragmentado, aquele conhecimento la-longe esta submetido, hoje, a uma provisoriedade pessoal, dinamica, movida por uma alteridade que se fragments em mil fractais, na esperanca de urn dia topar consigo mesma, na "enlouquecida" afirmacao de Mario de Andrade: "Eu sou trezentos, sou trezentos e cinqiienta, / As sensacOes renascem de si mesmas sem repouso, / (...) 0 tempo medieval-PrOspero gastou o conhecimento-essncia dos universais; o tempo-experiencia, Ariel, gestou a descoberta da existencia dos individuais; o tempo-tempo, Caliba, multiplica a estancia do aqui-agora, ao dinamizar a producao de urn Saber-Novo porque sac), cads vez, um Outro a voz eterna da Essencia, a vez nao-eterna da Existencia e a voz-ainda-sem-vez da Estancia. 0 saber-pensante amaldicoa a "res" pensada; o saber-conhecente Celestino Sachet 53 quer dinamizar(se), a gerar um pensado que valha enquanto dura, urn conhecimento descartavel, fast-food, alimento-ern-transito, caro mas chic, chic mas necessdrio e substituivel; um conhecimento-fome, que, ao satisfazer-se, gera outra fome, mais exigente, mais voraz, mais esfomeada. Literatura oral, literatura de cordel, ficcao e poemas populares, literatura fora-do-Centro, literatura iletrada, marginal, contraliteratura, Celestino Sachet 57 literatura regional, mil outros termosA denunciarem Exclusao, encobrem o silencio da critica e a recusa a concessao da prOpria identidade; Caliba identifica tanto "a alteridade do lido Europeu", quanto a "construcao de uma estetica" nao PrOspero.
  • Editor: Florianopolis: Universidade Federal de Santa Catarina, CCE - Anuário de Literatura
  • Idioma: Português

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