skip to main content

LÁGRIMAS DOS DEUSES: AUSÊNCIA DE PARTICIPAÇÃO E ETNOCÍDIO NO BRASIL

Silva, Eduardo Faria ; Dos Santos, Anderson Marcos

Prim@ facie, 2017-07, Vol.16 (32), p.1-30 [Periódico revisado por pares]

Universidade Federal da Paraíba

Texto completo disponível

Citações Citado por
  • Título:
    LÁGRIMAS DOS DEUSES: AUSÊNCIA DE PARTICIPAÇÃO E ETNOCÍDIO NO BRASIL
  • Autor: Silva, Eduardo Faria ; Dos Santos, Anderson Marcos
  • Assuntos: Colonialidade do Poder ; Direito ; Etnocídio ; Megaobra ; Participação
  • É parte de: Prim@ facie, 2017-07, Vol.16 (32), p.1-30
  • Descrição: O presente artigo analisa os impactos da colonialidade do poder, decorrentes da construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, nas relações étnicas brasileiras. O mecanismo que permite o cotejo entre teoria e prática são duas ações civis propostas pelo Ministério Público Federal que judicializaram a construção da usina e seus impactos. A primeira medida judicial questiona a ausência de procedimentos de participação que se coadunem com as normas constitucionais. A segunda ação declara que a não-observância das condicionantes impostas para a construção da obra se traduz no etnocídio dos povos autóctones do território. O fio condutor que orienta a análise teórica parte da construção do pensamento moderno eurocêntrico que coloniza os continentes e, na América, identificam os povos locais como subalternos. O critério histórico-cultural se constrói na diferença de “raça”, identificando os “brancos-superiores” como iguais e “não-brancos” como inferiores. O paradigma da “raça” foi superado e só a cor que diferencia os indivíduos. Não obstante a confirmação científica da ausência de diferenciação biológica entre cores, perdura a segregação construída ao longo dos séculos e seus reflexos são projetados para o futuro. A diferenciação hierarquizada existente entre dominador e dominado, que caracteriza a colonialidade do poder, se materializa ainda hoje no viver dos povos indígenas no Brasil. As decisões da Corte Interamericana de Direitos Humanos que reconhecem direitos dos povos indígenas – numa perspectiva decolonial - ainda não encontram acolhida substantiva no judiciário brasileiro.
  • Editor: Universidade Federal da Paraíba
  • Idioma: Inglês

Buscando em bases de dados remotas. Favor aguardar.