skip to main content

Fatores psicossociais e a infecção por HIV em mulheres, Maringá, PR

Alves, Rozilda Neves ; Kovács, Maria Júlia ; Stall, Ron ; Paiva, Vera

Revista de saúde pública, 2002-08, Vol.36 (4 suppl), p.32-39 [Periódico revisado por pares]

Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo

Texto completo disponível

Citações Citado por
  • Título:
    Fatores psicossociais e a infecção por HIV em mulheres, Maringá, PR
  • Autor: Alves, Rozilda Neves ; Kovács, Maria Júlia ; Stall, Ron ; Paiva, Vera
  • Assuntos: Conhecimentos, atitudes e prática ; Fatores socioeconômicos ; HIV ; Impacto psicossocial ; Infecções por HIV ; Mulheres ; Percepção ; PUBLIC, ENVIRONMENTAL & OCCUPATIONAL HEALTH ; Risco ; SOCIOLOGY ; Soropositividade para HIV ; Síndrome de imunodeficiência adquirida/prevenção ; Síndrome de imunodeficiência adquirida/psicologia
  • É parte de: Revista de saúde pública, 2002-08, Vol.36 (4 suppl), p.32-39
  • Descrição: OBJETIVO: Analisar a percepção do risco de infecção em mulheres infectadas pelo HIV, antes de elas receberem o resultado positivo para essa patologia. MÉTODOS: Estudo exploratório com entrevistas em profundidade em amostra de conveniência constituída de 26 mulheres que freqüentavam o ambulatório de um centro regional de saúde em Maringá, PR. A entrevista foi semidirigida com um roteiro de perguntas fechadas e abertas sobre características sociodemográficos, conhecimento sobre prevenção primária e secundária, percepção de risco antes do teste positivo para HIV, impacto do resultado em suas vidas -- inclusive a sexual -- depois de saberem ser portadoras do vírus. Os resultados foram analisados pela metodologia de análise de conteúdo. RESULTADOS: Apesar de ter consciência de que essa doença pode atingir qualquer um, nenhuma das 26 mulheres estudadas acreditava estar infectada pelo HIV/Aids. Os mecanismos psicológicos, "negação", "evitação", "onipotência do pensamento" e "projeção" foram os que puderam ser identificados como aqueles que as mulheres mais utilizaram para lidar com as dificuldades e as ansiedades decorrentes da percepção de risco e das normas e relações de gêneros hegemônicas presentes na cultura brasileira. Verificou-se que, se o uso desses mecanismos alivia a angústia, por outro lado aumenta a vulnerabilidade das mulheres. Elas se sentem incapazes de atuar, e muitas mantêm relações sexuais desprotegidas com os parceiros, expondo-se à gravidez indesejada e à reinfecção. CONCLUSÕES: Os programas de prevenção do HIV devem considerar também aspectos psicológicos, socioeconômicos e culturais que interferem na vulnerabilidade das mulheres, antes e depois da infecção. Para haver maior alcance de suas ações, os programas devem ir além da distribuição massiva de informações e usar abordagens psicoeducativas em pequenos grupos que estimulem a conscientização das mulheres para além das informações biomédicas.
  • Editor: Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo
  • Idioma: Português;Inglês

Buscando em bases de dados remotas. Favor aguardar.