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Teoria e práxis revolucionária dos trotskistas brasileiros (São Paulo, 1930-1945)

de Arruda Campos, Alzira Lobo ; Godoy, Marília Gomes Ghizzi ; de Souza, Rafael Lopes

Historia crítica (Bogotá, Colombia), 2019-04 (72), p.115-137 [Periódico revisado por pares]

Bogotá: Universidad de los Andes

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Citações Citado por
  • Título:
    Teoria e práxis revolucionária dos trotskistas brasileiros (São Paulo, 1930-1945)
  • Autor: de Arruda Campos, Alzira Lobo ; Godoy, Marília Gomes Ghizzi ; de Souza, Rafael Lopes
  • Assuntos: Anarchism ; Capital formation ; Communist parties ; Dissent ; Documentation ; Historical materialism ; HISTORY ; Immigrants ; Labor movements ; Labor unions ; Militancy ; Narratives ; Oppression ; Political dissent ; Praxis ; Russian Revolution ; Stalinism
  • É parte de: Historia crítica (Bogotá, Colombia), 2019-04 (72), p.115-137
  • Descrição: Objetivo/contexto: Verifica-se o papel desempenhado pelos primeiros ativistas dissidentes do stalinismo, com o objetivo de auferir o impacto da teoria marxista-leninista e da Revolução Russa sobre a organização do pensamento e da militância de esquerda, na capital paulista. As ideias e a atuação dos trotskistas brasileiros, nas décadas de 1920 e 1930, são reavaliadas a partir da análise de documentos de primeira mão, a fim de entender as interpretações que os dissidentes deram a acontecimentos históricos dos quais foram protagonistas ativos e fervorosos. Espera-se, assim, chegar a uma interpretação mais rigorosa sobre a formação e o desenvolvimento do PCB (Partido Comunista do Brasil). Originalidade: Os estudos sobre o PCB assumem usualmente o viés stalinista, menosprezando os trotskistas, como covardes ou traidores da Revolução Proletária. Esta análise traz à tona a interpretação dos trotskistas sobre os acontecimentos dos quais participaram, com o apoio de uma farta documentação, em grande parte inédita, conservada nos arquivos operários e nos policiais. Metodologia: Esta abordagem utiliza-se de conceitos consagrados pelo método dialético marxista-leninista, estendidos à categoria dos “saberes sujeitados”, entendidos como blocos de conhecimentos históricos que estavam presentes e disfarçados no interior dos conjuntos funcionais e sistemáticos, e que se encontravam desqualificados como saberes não conceituais, hierarquicamente inferiores. Trata-se de uma abordagem que põe em questão as sistematizações formais de autores consagrados, e traz à tona as narrativas de indivíduos silenciados pelo poder. Ao focalizar ações humanas e significados que passam despercebidos nos grandes quadros analíticos, tem-se por objetivo extrair de fatos aparentemente corriqueiros uma dimensão sociocultural relevante, com o apelo ao recurso da narrativa. Conclusões: Fortemente influenciados pelos imigrantes e pelo anarquismo, os movimentos operários brasileiros estruturaram-se em sindicatos e partidos próprios, do qual o mais importante foi o Partido Comunista do Brasil, fundado em 1922. Em pouco tempo, como consequência da luta mortal travada entre Stalin e Trotsky, os camaradas brasileiros divergiram fortemente sobre os rumos da revolução, dando origem a uma disputa árdua para o domínio da direção partidária, considerando que ela se afastava do materialismo histórico e condenava, por esse procedimento, a marcha do proletariado a desvios e à derrota. O grupo mais operante dos opositores, reunido na Liga Comunista Internacionalista, travou uma luta constante contra os dirigentes do partido e a polícia política, transformando-se em vítimas preferenciais da repressão, nos tempos difíceis da ditadura varguista.
  • Editor: Bogotá: Universidad de los Andes
  • Idioma: Português;Espanhol

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