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Renda: desigualdade e pobreza no estado do Piauí

Gomes, Jaíra Maria Alcobaça

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz 1998-09-23

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Renda: desigualdade e pobreza no estado do Piauí
  • Autor: Gomes, Jaíra Maria Alcobaça
  • Orientador: Hoffmann, Rodolfo
  • Assuntos: Distribuição De Renda
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: O Estado do Piauí é classificado pelo IPEA (1996) como um estado de baixo nível de desenvolvimento humano, apresentando o pior indicador de renda entre as Unidades da Federação. Analisa-se a distribuição da renda no Piauí, identificam-se os condicionantes sócio-demográficos e conjunturais dessa distribuição e verifica-se a influência das variáveis situação do domicílio urbano e rural, educação, sexo, idade, posição na ocupação, horas de trabalho e setor de atividade no perfil distributivo da renda e na pobreza entre as pessoas economicamente ativas. A pobreza é enfocada sob o ponto de vista da insuficiência de renda, associando-se também outras variáveis relativas à caracterização dos domicílios, segundo infra-estrutura básica e alguns bens duráveis. Os dados censitários de 1960, 1970 e 1980 mostraram que o crescimento econômico determinou a elevação da renda média, da desigualdade e a redução da pobreza no Piauí, semelhante ao ocorrido no Nordeste e Brasil. As características sócio-demográficas e produtivas do Piauí determinaram que o crescimento da renda média fosse superior ao da nordestina e brasileira nesses anos, mas a desigualdade da distribuição da renda cresce a taxas maiores, reduzindo os efeitos positivos do aumento da renda média sobre a diminuição da pobreza. As informações individuais da Amostra de 0,8% do Censo Demográfico de 1980 indicaram que a desigualdade da distribuição da renda entre as pessoas economicamente ativas está associada ao sexo (32,3%), à idade (31,9%) e à posição na ocupação (14,2%) no setor agrícola. No setor industrial, à idade (37,7%) e ao sexo (28,0%) e, nos serviços, à escolaridade (29,2%), à idade (26,2%) e ao sexo (25,9%). Essas contribuições para as variações do rendimento refletem a composição do mercado de trabalho estadual. Os resultados das regressões, considerando os dados publicados nas PNAD de 1984 a 1996, indicaram que o nível de pobreza absoluta no Piauí está mais associado com as variações na renda média do que com as mudanças no grau da desigualdade da distribuição da renda. As equações de regressões ajustadas mostraram que a influência da inflação sobre a desigualdade e a pobreza é positiva, entretanto, verificou-se que o coeficiente dessa variável não é estatisticamente diferente de zero. A análise dos dados individuais das PNAD de 1992, 1993 e 1995 mostrou que os principais determinantes da renda de uma pessoa economicamente ativa no Piauí são a idade e a escolaridade. No domicílio urbano destacam-se a idade e a escolaridade e, no rural, a idade, horas de trabalho e a escolaridade. Na atividade agrícola, a idade, a posição na ocupação e horas de trabalho. A pobreza nos anos 90 é ainda elevada, com uma proporção de pobres de 50,8% (1995) das pessoas economicamente ativas com domicílio urbano. Essa proporção se eleva para 78,3%, quando se considera o domicílio rural e para 80,1% quando as pessoas são ocupadas na agricultura. O desenho de políticas sociais deve, então, passar prioritariamente pelo incentivo à educação e alternativas de renda agrícola, mas contemplando formas de renda oriundas de atividades não-agrícolas.
  • DOI: 10.11606/T.11.2020.tde-20200111-132243
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz
  • Data de criação/publicação: 1998-09-23
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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