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A Formação Marizal (Aptiano) na Bacia do Tucano (BA): contribuições à análise da arquitetura de depósitos fluviais e implicações paleobiogeográficas

Freitas, Bernardo Tavares

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Geociências 2014-10-31

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    A Formação Marizal (Aptiano) na Bacia do Tucano (BA): contribuições à análise da arquitetura de depósitos fluviais e implicações paleobiogeográficas
  • Autor: Freitas, Bernardo Tavares
  • Orientador: Almeida, Renato Paes de
  • Assuntos: Não Disponível; Not Available
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: Sistemas deposicionais fluviais são de grande relevância para o avanço dos métodos de interpretação de sucessões siliciclásticas, por permitirem observações diretas de processos e produtos em sistemas ativos. A recente retomada de estudos sobre as relações processo-produto na escala de formas de leito e da geomorfologia fluvial, aliada ao avanço nos estudos de paleohidráulica e a uma crescente insatisfação com os modelos de fácies vigentes, traz a necessidade de reavaliação dos métodos e interpretações tradicionalmente aplicados a sucessões clásticas no registro geológico, e abre a possibilidade de avanços significativos decorrentes da aplicação de novos conceitos a sucessões fluviais bem expostas. Visando contribuir para a consolidação desses avanços e para sua incorporação aos métodos de estudo e interpretação de sucessões antigas, o presente trabalho tem como foco os depósitos aluviais aptianos da Formação Marizal na Bacia do Tucano, que por suas excepcionais exposições, continuidade lateral e contexto tectônico apresentam-se como objeto adequado para a meta pretendida. Desta forma, foram aplicados métodos tradicionais de análise de elementos arquiteturais, análises de fácies e análise de paleocorrentes, com abordagem e interpretações baseadas em avanços recentes, integradas a estudos de paleohidráulica e considerações quantitativas. É abordada também a implicação dos resultados obtidos em reconstruções paleogeográficas, paleotectônicas e paleobiogeográficas do contexto regional em que se insere a Bacia do Tucano no Aptiano. Os resultados foram organizados na forma de quatro artigos científicos. Revisão dos trabalhos prévios acerca da Formação Marizal são detalhadas no primeiro artigo, confrontados a novos dados que resultaram na apresentação de um novo panorama sedimentológico, estratigráfico e tectônico da unidade com base em levantamentos de campo concentrados nas áreas em que ocorrem suas melhores exposições, as sub-bacias do Tucano Norte e Central. Foram definidas duas sub-unidades, distintas do ponto de vista litoestratigráfico e de sua arquitetura ou densidade e conexão dos depósitos de canais fluviais. A unidade inferior, denominada Membro Banzaê, é caracterizada por depósitos de canais amalgamados enquanto a unidade superior, denominada Membro Cícero Dantas, é caracterizada por depósitos de canais isolados em meio a depósitos de planície de inundação. Os padrões de paleocorrentes observados em ambas as unidades corroboram, grosso modo, o predomínio de um sistema fluvial axial fluindo para sul ao longo da Bacia do Tucano. Contudo, padrões transversais, possivelmente associados a sistemas fluviais tributários, também foram observados. Um segundo artigo traz contribuição às reconstruções paleogeográficas e consequentemente à biogeografia aptiana no nordeste do recém individualizado continente da América do Sul. Nesse artigo são discutidas as implicações do registro sedimentar aptiano da Bacia do Tucano para a interpretação das principais redes de drenagem e das ingressões marinhas ligadas ao Oceano Tétis na região durante o Eocretáceo. O reconhecimento de uma camada fossilífera, representante de uma ingressão marinha (Camada Amargosa) apresenta importantes implicações paleobiogeográficas para o contexto regional em que se insere o RTJ, por ocorrer em posição estratigráfica específica, e até então incógnita, e conter a conhecida paleoictiofauna da Formação Marizal. Dessa forma, no presente trabalho foi dado contexto estratigráfico e consequentemente paleogeográfico para uma das ingressões marinhas do Cretáceo Médio registradas no nordeste do Brasil. Os resultados apresentados são complementados com mais duas contribuições, de caráter metodológico, baseadas na análise arquitetural dos depósitos fluviais da Formação Marizal. Assim, em um terceiro artigo é descrito um novo método para o tratamento de dados obtidos a partir de depósitos fluviais que deve resultar em interpretações mais precisas e melhor visualização das direções de acréscimo de barras fluviais. Outra vantagem do método proposto é a utilização de pares de atitudes de estratos frontais e limites de série de estratificações cruzadas planares, ou seja estruturas abundantes e de fácil mensuração, na reconstrução de superfícies de barras a partir do registro fluvial. A contribuição que compõe o último artigo traz discussão acerca da possibilidade de reconhecimento e individualização de elementos da geomorfologia fluvial, como barras unitárias, barras compostas e canais abandonados no registro fluvial antigo. Ênfase é dada à distinção entre os depósitos lateralmente adjacentes de preenchimento de canal abandonado e de barra, devido à dificuldade que vem sendo enfrentada na distinção entre esses elementos por meio de suas características sedimentares em depósitos de sistemas deposicionais ativos. Assim, no Membro Banzaê, foi possível, através de abordagem quantitativa sobre o porte de elementos arquiteturais e séries e considerações paleohidráulicas, reconhecer e individualizar depósitos prontamente correlacionáveis à dinâmica geomorfológica fluvial, como barras unitárias, preenchimentos de canal abandonado e sucessões de cinturões de canais limitadas por eventos de avulsão. Desta forma, o estudo da Formação Marizal nas sub-bacias do Tucano Norte Central revela o grande potencial de estudos detalhados de arquitetura deposicional aliados a estudos paleohidráulicos e contextualização regional tectônica e paleogeográfica de depósitos fluviais na obtenção de informações relevantes mesmo a partir de sucessões aparentemente homogêneas.
  • DOI: 10.11606/T.44.2014.tde-03122014-102430
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Geociências
  • Data de criação/publicação: 2014-10-31
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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