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Máquina como outro comunicativo crítica da concepção cibernética à luz da fenomenologia de Heidegger

Tomaz, Tales Augusto Queiroz

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola de Comunicações e Artes 2017-04-05

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Máquina como outro comunicativo crítica da concepção cibernética à luz da fenomenologia de Heidegger
  • Autor: Tomaz, Tales Augusto Queiroz
  • Orientador: Marcondes Filho, Ciro Juvenal Rodrigues
  • Assuntos: Alteridade; Máquina; Heidegger; Técnica; Comunicação; Cibernética; Cybernetics; Communication; Machine; Alterity; Technology
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Notas Locais: Programa de Pós-graduação em Meios e Processos Audiovisuais
  • Descrição: Esta tese discute a ideia de máquina como Outro comunicativo. Atualizando a compreensão cibernética sobre a relação entre humanos e máquinas, pensadores como o sociólogo francês Bruno Latour propõem uma ontologia pós-humanista em que humanos e não humanos sejam nivelados do ponto de vista social. Com base nessa perspectiva, ganha força já há alguns anos na área da comunicação a ideia de que devemos atribuir a máquinas como o computador a designação de Outro comunicativo. Mas há outras interpretações possíveis para o mesmo fenômeno. Considerada precursora da maior parte das perspectivas críticas ao desenvolvimento tecnológico, a fenomenologia do filósofo alemão Martin Heidegger parece fornecer elementos também para o debate sobre essa questão. Embora situado em meados do século 20 e, portanto, anterior aos desdobramentos recentes da técnica, seu pensamento tem apoiado diversos empreendimentos teóricos que se propõem a interpretar o contexto tecnológico atual, caracterizado pelo aprofundamento da digitalização e informatização da vida humana. Diante disso, esta tese discute o seguinte problema de pesquisa: Como a ideia de máquina como Outro comunicativo deve ser compreendida à luz da fenomenologia de Martin Heidegger? A hipótese é a de que, desse ponto de vista, a atribuição da qualidade de Outro comunicativo também à máquina seja vista como uma manifestação radicalizada do reducionismo tecnológico do real em curso na história do pensamento ocidental. O objetivo do trabalho é, portanto, propor uma alternativa à interpretação cibernética com base na fenomenologia do filósofo alemão. Para tanto, a tese adotou metodologia de base exclusivamente teórica. Primeiro, apresenta as bases da perspectiva cibernética atualizada, a partir de textos fundamentais de autores como Bruno Latour e Arno Bammé e de representantes mais específicos da comunicação, como Erick Felinto, André Lemos, Massimo di Felice e David Gunkel. Em seguida, a tese introduz os conceitos básicos da fenomenologia de Heidegger, em especial a respeito do sentido do ser, com base em obras seminais do autor e em intérpretes como Karl Leidlmair, Peter Trawny, Andreas Luckner e Dieter Mersch. No passo seguinte, a tese aborda a compreensão de Heidegger sobre técnica e tecnologia, relacionando-a com a questão sobre o sentido do ser, apoiada também nas principais obras do pensador e nos intérpretes já citados, além de Günter Seubold. Com base nesses fundamentos, a tese propõe uma conceituação fenomenológica do Outro comunicativo, em diálogo ainda com as concepções de alteridade de Emmanuel Levinas e do seu intérprete Amit Pinchevsky, que discute explicitamente a relação entre o Outro e a comunicação. Por meio dessa metodologia, a tese busca apresentar uma interpretação alternativa à perspectiva cibernética para a questão da máquina como Outro comunicativo, contribuindo, assim, para o enriquecimento do debate em torno desse tema fundamental para o futuro da área da comunicação.
  • DOI: 10.11606/T.27.2017.tde-07072017-155613
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola de Comunicações e Artes
  • Data de criação/publicação: 2017-04-05
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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