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Funcionamento familiar e recursos ambientais oferecidos pelas famílias de crianças com transtornos mentais

Dilleggi, Eduarda Souza

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto 2018-08-02

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Funcionamento familiar e recursos ambientais oferecidos pelas famílias de crianças com transtornos mentais
  • Autor: Dilleggi, Eduarda Souza
  • Orientador: Santos, Patricia Leila dos
  • Assuntos: Ambiente Familiar; Criança; Fatores De Proteção; Funcionamento Familiar; Transtornos Mentais; Child; Family Environment; Family Functioning; Mental Disorders; Protective Factors
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: Embora exista um corpo de pesquisa dedicado a investigar as relações entre família e adoecimento psíquico, ainda faltam muitas informações sobre como se dão estas interações. Os transtornos mentais apresentam um impacto significativo sobre as famílias e, ao mesmo tempo, podem ser afetados por características da mesma. Além disto, a depender dessas características, a família pode apresentar-se como fator de proteção (suporte, apoio) ou risco ao desenvolvimento do portador de transtorno mental, em especial na infância. Neste contexto, o objetivo deste estudo foi caracterizar as famílias de crianças com transtorno mental em relação ao funcionamento familiar e os recursos ambientais que estas famílias oferecem para suas crianças, buscando identificar associações entre o funcionamento familiar, a disponibilização de recursos no ambiente familiar e as variáveis sociodemográficas. Responsáveis por 33 pacientes de um serviço de Psiquiatria foram entrevistados para o preenchimento de um questionário sociodemográfico, o Questionário de Capacidades e Dificuldades - SDQ, o Inventário de Recursos do Ambiente Familiar - RAF, e a Escala de Avaliação da Coesão e Adaptabilidade Familiar - FACES IV. Foram realizadas análises descritivas e aplicados o teste de correlação de Spearman para verificar associações entre as dimensões de funcionamento familiar e os recursos do ambiente familiar; as variáveis sociodemográficas foram categorizadas e submetidas a análises comparativas, utilizando o teste de Mann Whitney (variáveis dicotômicas) e teste de Kruskal Wallis (variáveis com três categorias). A maioria dos pacientes investigados eram do sexo masculino (69,7%) e frequentavam escola (78,8%). Os diagnósticos mais frequentes foram Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (39,4%) e Transtorno do Espectro Autista (39,4%). Apenas 12,1% das famílias foram consideradas disfuncionais. Os recursos mais presentes no ambiente foram brinquedos (6,9 ±2,0), a família estar reunida para atividades de rotina (6,6 ±2,3), realização de atividades conjuntas com os pais em casa (6,0 ±2,1) e organização dos horários/rotina (5,9 ±2,5). Variáveis sociodemográficas como frequência à escola, o responsável exercer atividade profissional, percepção familiar sobre a gravidade das dificuldades da criança, escolaridade do responsável e classe social mostraram influência sobre funcionamento familiar. Frequência da criança à escola, responsável trabalhar fora, presença de comorbidades, escolaridade do responsável e classe socioeconômica também influenciaram a oferta de recursos pela família. A subescala emaranhada (disfuncional) de funcionamento familiar mostrou associação positiva com sintomas emocionais (r= 0,376; p<0,01) e a subescala satisfação familiar correlacionou-se negativamente com os mesmos sintomas (r=-0,365; p<0,05). As subescalas desequilibradas (desengajada, emaranhada e caótica) apresentaram correlações negativas fracas ou moderadas com os recursos ambientais (variando de r=-0,348 a r=-0,484). As subescalas equilibradas (coesão, flexibilidade, comunicação e satisfação familiar) correlacionaram-se positivamente (variando de r=0,348 a r=0,515) com a maioria dos recursos investigados pelo RAF. A presença de sintomas de hiperatividade e de sintomas emocionais mostrou-se negativamente correlacionada com os recursos investigados. De modo geral, as famílias investigadas apresentam um bom funcionamento, entretanto, há indicadores de disfuncionalidade presentes. Os resultados evidenciam que crianças com transtorno mental têm poucos recursos disponíveis no ambiente familiar que possam promover seu desenvolvimento afetivo, cognitivo e social. Além disto, os achados sugerem que quanto mais dificuldades a criança apresenta, menor é seu acesso a estes recursos. Apesar das dificuldades, recursos pessoais e familiares estão presentes
  • DOI: 10.11606/D.22.2019.tde-05122018-204947
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto
  • Data de criação/publicação: 2018-08-02
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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