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O distrito pegmatítico de Santa Maria de Itabira, MG : mineralogia, geoquímica e zoneografia

Marciano, Vitória Régia Péres Da Rocha Oliveiros

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Geociências 1995-12-27

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    O distrito pegmatítico de Santa Maria de Itabira, MG : mineralogia, geoquímica e zoneografia
  • Autor: Marciano, Vitória Régia Péres Da Rocha Oliveiros
  • Orientador: Svizzero, Darcy Pedro
  • Assuntos: Geoquímica; Mineralogia; Santa Maria De Itabira (Mg); Not Available
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: Os pegmatitos estudados nesta fase afloram na região localizada à Leste da Serra do Espinhaço, sendo limitada em sua porção meridional pelo Quadrilátero Ferrífero, tendo na extremidade norte o município de Serra Azul e ao sul de Rio Piracicaba. A área em questão situa-se na borda oriental do Cráton do São Francisco. Os corpos pegmatíticos pertencem à província Pegmatítica Oriental Brasileira e estão intrudidos em granitóides do embasamento cristalino. Estes pegmatitos encontram-se encaixados, geralmente de forma discordantes em rochas granitóides das suítes dos Gnaisses Guanhães, Granitos Borrachudos e Gnaisses Bicas. Os granitos Borrachudos são caracterizados como peralcalinos, anorogênicos intra placas, apresentando padrão de distribuição dos ETR com anomalia negativa de Eu, enriquecimento dos ETRL em relação aos ETRP. os Gnaisses Guanhães e Bicas são também peralcalinos, anorogênicos, porém não puderam ser precisamente classificados quanto à ambiência geotectônica. Foram cadastrados 68 corpos pegmatíticos, classificados como dos tipos simples e zonados simples. a mineralogia essencial destes corpos é constituída por feldspato potássico, quartzo, e micas muscovita e biotita. Berilo e Columbita são minerais acessórios comuns a todos os corpos. Outros acessórios menos abundantes incluem a fluorita, o topásio, a monazita, a samarskita, a euxinita e a granada da série almandina-espessartita. Uma feição marcante é a presença de turmalina (schorlita) nos pegmatitos da porção norte, e de fenacita em um corpo da porção sul da Província. Os feldspatos são representados por microlina máxima, pertitizada, cuja triclinicidade determinada por difração de raios X varia de 0,7 a 1,0 e albita de baixa temperatura. Em algumas lavras a microlina ocorre sob a forma de variedade gemológica amazonita, enquanto a albita em geral se apresenta sob a forma da variedade cleavelandita. Estes feldspatos são pobres em elementos alcalinos raros, cujas razões K/Rb, K/Cs e Rb/Cs situam-se próximas daquelas apresentadas pelas rochas graníticas da corsta. a proporção de Zr e Y é diretamente proporcional ao conteúdo destes elementos nas rochas encaixantes. Análises porICP-MS revelaram \'sigma\'ETRL > \'sigma\'ETRP, e anomalia de Eu, ora positiva, ora negativa. As micas são representadas pelos polítipos 2M1 da muscovita e 1M da botita. As razões K/Rb, K/Cs e Rb/Cs são similares às dos feldspatos e granitóides em geral. O teor em F varia em média de 0,5 a 2,0%, e todos elementos alcalinos raros apresentam-se em quantidades semelhantes e dos pegmatitos radioativos de Moçambique, África. Os berilos constituem o principal interesse econômico dos pegmatitos que são explorados como gemas (Variedade água-marinha) e como minério de Be. Apresentam-se em prismas hexagonais, geralmente associados à bavenita. O baixo teor em álcalis raros destes berilos permite classificar os pegmatitos como pertencentes ao grupo A da classificação de Cerny. os nióbio-tantalatos são constituídos por columbita (Nb\' > OU =\'Ta e Fe\'> OU =\'Mn) de polítipo desordenado, samarskita e euxenita metamictizadas. As inclusões identificadas por MEV-EDS são uraninita, uranomiclorita, tengenita e minerais silicatados contituintes da ganga. A monazita ocorre sob a forma de cristais subéricos decimétricos de cor castanha, contendo inclusões de huttonita secundária, principalmente nas bordas do cristal. O conteúdo em ETRL > ETRP, e os teores de Th e La caracterizam corpos de diferentes áreas do Distrito de Santa Maria do Itabira. As inclusões fluidas determinadas através da espectroscopia de absorção no infravermelho em feldspatos, micas, berilo, quartzo e monazita são constituídas por soluções aqüosas contendo C\'O IND. 2\' e às vezes C\'H IND. 4\'. No caso do berilo as inclusões fluidas foram ainda investigadas por meio de microtermometria fornecendo uma temperatura de ) homogeneização total de \'310 GRAUS\'C a \'460 GRAUS\'C, que corresponde à temperatura de cristalização do mineral. Os resultados obtidos no decorrer desse trabalho indicam que os pegmatitos do Distrito Pegmatítico de Santa Maria de Itabira são anorogênicos e de idade brasiliana. Os dados obtidos permitiam subdividir este Distrito em quatro campos distintos: Sabinópolis, Santa Maria de Itabira-Ferros, Serra Azul - Euxenita e o de Rio Piracicaba. Os corpos se caracterizam por conterem baixos teores em elementos alcalinos raros, nióbio-tantalatos com Nb\'> OU =\'Ta, Fe\'> OU =\'Mn, e enriquecimento em ETR, Y, U e Ca.
  • DOI: 10.11606/T.44.1995.tde-18112015-111931
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Geociências
  • Data de criação/publicação: 1995-12-27
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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