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Riqueza de espécies e zonação de actiniários em costões rochosos da baía de santos, SP

Andréa Angeli Alexander Turra

Simpoósio Brasileiro de Oceanografia, 4 São Pualo: Iousp, 2008

São Paulo Iousp 2008

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  • Título:
    Riqueza de espécies e zonação de actiniários em costões rochosos da baía de santos, SP
  • Autor: Andréa Angeli
  • Alexander Turra
  • Assuntos: ANIMAIS COSTEIROS; COMUNIDADES MARINHAS
  • É parte de: Simpoósio Brasileiro de Oceanografia, 4 São Pualo: Iousp, 2008
  • Descrição: As anêmonas correspondem a um grupo comum à região entremarés de costões rochosos, com algumas espécies representadas, porém muito pouco estudadas. Uma etapa basal no estudo de comunidades é o conhecimento de sua composição. O levantamento das espécies, adicionado a informações sobre sua abundância relativa e distribuição espacial, pode fornecer subsídios para saber como ela se comporta frente a diferentes pressões, provendo informações que permitam a identificação do impacto de fatores antrópicos e naturais. O objetivo do presente estudo é gerar conhecimento sobre a ecologia das taxocenoses de anêmonas no entremarés de costões rochosos da Baía de Santos, São Paulo, obtendo-se dados sobre a riqueza de espécies e distribuição espacial em número de indivíduos ao largo do entremarés (zonação). O estudo foi realizado em dois costões, um na Ilha Porchat e outro na Ilha de Urubuqueçaba. Em cada costão foi selecionada uma área no entremarés com cerca de 40 metros de comprimento (ao longo da linha da costa) na qual foram aleatoriamente sorteados 3 transectos de 4 m de comprimento e largura equivalente ao entremarés. Dentro dos transectos amostrados foram rebatidos retângulos de um metro de altura (1 x 4 m). As anêmonas encontradas em cada retângulo foram contadas e identificadas ao nível de espécie. Para permitir a identificação das alturas em que os diferentes níveis amostrados estavam, o perfil topográfico de cada transecto foi determinado. A amostragem através
    de quadrados contíguos e a obtenção do perfil topográfico conferiram, respectivamente, noções de distância e altura em relação à linha d'água e, analisadas em conjunto, permitiram a determinação dos padrões de zonação das espécies amostradas. Desta maneira foi possível confeccionar gráficos que representavam a zonação das anêmonas em cada costão, evidenciando a variação das espécies ao longo do perfil topográfico. Foi registrada a presença de quatro espécies de anêmona transectos amostrados na Ilha Porchat Bunodosoma caissarum (n=63), B. cangicum (n=7), Anthopleura cascaia (n=2) e Anemonia sargassensis (n=7). Neste costão, observou-se em B. caissarum a tendência de ocupação de menores alturas e maior proximidade à linha d'água. B. cangicum apresentou maior abundância em alturas que variaram de 0,3 a 0,75 m e em regiões mais distantes do limite inferior do entremarés. A. cascaia apresentou maior abundância em alturas que variaram de 0,3 a 1,1 cm, presente apenas em regiões mais distantes da linha d'água (de 2 a 4 m). A. sargassensis esteve presente dos 0,3 aos 1,3 m de altura e sua abundância aumentou de maneira diretamente proporcional à distância da linha da água. Na Ilha Urubuqueçaba foi registrada a presença das mesmas espécies, exceto A. sargassensis. Observou-se em B. caissarum (n=74), espécie com maior número de indivíduos, e B. cangicum (n=15) uma tendência de ocupação de menores alturas, apresentando maior de abundância dos 0,1 aos 0,3 m de altura. Ambas
    estiveram restritas a regiões muito próximas à linha d'água. A. casacaia (n=50) apresentou maior amplitude de distribuição ao longo do perfil topográfico, presente dos 0,05 aos 0,75 m de altura e sua abundância aumentou de maneira diretamente proporcional à distância em relação ao limite inferior do entremarés. Os dados permitem inferir que, por ser mais abundante em regiões adjacentes à linha d'água, B. caissarum pode apresentar maior suscetibilidade à dessecação e que a altura em que se encontra o substrato de fixação pode ser um fator mais limitante à ocupação desta espécie. A distribuição de A. sargassensis é, dentre as espécies encontradas, a que apresentou maior amplitude ao longo do perfil topográfico. Assim, pode-se sugerir que esta espécie encontra-se mais adaptada a maiores períodos de emersão e ao conseqüente estresse de dessecação. A. cascaia, por apresentar também aumento de abundância em áreas mais distantes cascaia, por apresentar também aumento de abundância em áreas mais distantes do limite inferior do entremarés e estar presente em diferentes alturas, possui zonação menos limitada pelo contato com a água. Este fato pode ser devido aos fragmentos de cascalho aderidos a sua coluna, os quais minimizam a evaporação da superfície corporal durante os períodos de emersão, fato não registrado nas outras espécies. B. cangicum apresentou diferentes graus de proximidade da água nas duas localidades de estudo, o que torna possível inferir que a zonação desta
    espécie pode ser mais limitada por fatores bióticos, não analisados neste estudo, do que pelos abióticos, como dessecação, embora eventuais variações nos graus de exposição a ondas também possam influenciar o padrão de distribuição.
  • Editor: São Paulo Iousp
  • Data de criação/publicação: 2008
  • Formato: cd, 1 p.
  • Idioma: Português

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