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Qualidade e inocuidade do polvo (Octopus sp) nos diferentes elos da sua comercialização na Baixada Santista, SP, Brasil

Lemos Neto, Marildes Josefina

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Ciências Farmacêuticas 2009-09-21

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Qualidade e inocuidade do polvo (Octopus sp) nos diferentes elos da sua comercialização na Baixada Santista, SP, Brasil
  • Autor: Lemos Neto, Marildes Josefina
  • Orientador: Landgraf, Mariza; Nascimento, Elizabeth de Souza
  • Assuntos: Metais Pesados; Microbiologia De Alimentos; Pescado (Qualidade; Análise Físico-Química); Polvo; Qualidade De Alimentos; Food Microbiology; Food Quality; Heavy Metals; Octopus
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: Qualidade e inocuidade do polvo (Octopus sp) nos diferentes elos da sua comercialização na Baixada Santista, SP, Brasil O pescado é uma fonte de alimento com componentes altamente desejáveis para uma dieta saudável, apesar de vários fatores poderem torná-lo um risco potencial para a saúde do consumidor. Dentre os diferentes tipos de pescado desembarcados pelas frotas que atuam no litoral paulista e águas adjacentes, os moluscos da Classe Cephalopoda (lulas e polvos) constituem um grupo de interesse econômico tanto para o mercado interno quanto para o externo. Tendo em vista a inexistência de dados sobre a qualidade de polvo e o interesse que vem despertando como produto de exportação, o presente estudo teve por objetivo verificar a ocorrência de contaminação microbiana e de metais pesado, bem como seu grau de frescor. Foram analisadas 121 amostras de polvo cru adquiridas em locais como feiras-livres (14), mercados/peixarias (27), supermercados (25), indústrias (23) e terminais pesqueiros ou entrepostos (32) em quatro municípios da Baixada Santista (Guarujá, Santos, São Vicente e Praia Grande). Foram realizadas análises microbiológicas, físico-químicas e de metais pesados. Salmonella spp foi detectada em oito (6,6%) das 121 amostras sendo duas provenientes de amostras coletadas em entreposto, três de amostras de indústria, duas de amostras de polvo coletadas em supermercados e uma amostra coletada em feira-livre; L. monocytogenes foi detectada em 15 (12,4%) amostras de polvo sendo seis (5,0%), de amostras coletadas em entreposto, duas (1,6%) proveniente de indústria, uma (0,8%) de amostra coletada em feira livre, cinco (4,1%) de supermercados e uma (0,8%) em peixaria. Observou-se que uma amostra (0,8%), coletada em entreposto, apresentou população de coliformes termotolerantes na faixa de 104 a 105 NMP/animal e uma (0,8%) proveniente de feira livre apresentou o maior nível de contaminação (105 - 106 NMP/animal). Apenas uma amostra (0,8%), proveniente de entreposto, apresentou população de Staphylococcus coagulase positiva acima de 103 UFC/animal. Quarenta e uma amostras (33,9%) apresentaram populações de aeróbios mesófilos acima de 106 UFC/animal. Em relação aos psicrotróficos, 94 (77,7%) amostras apresentaram populações acima de 106 UFC/animal. Os valores de pH oscilaram entre 6,02 e 7,22.- Para N-BVT os valores variaram entre 11,5 e 69,01 mg/100g. Considerando o limite máximo estabelecido de 30 mg de N-BVT/100g de pescado, do total de amostras analisadas, 29,3% foram consideradas impróprias para consumo humano. Os resultados obtidos para TBARS variaram de 0,08 a 2,37mg de aldeído malônico/kg de pescado. Na quantificação de metais os níveis para As variaram de 1,256 a 28,502 mg/kg; Cd de 0,006 a 0,540 mg/kg; Pb de 0,0018 a 0,491 mglkg; Hg de 0,007 a 0,179 mg/kg; Se de 0,074 a 0,690 mg/kg e Zn de 4,7 a 140,8 mg/kg de polvo in natura. No Brasil, o Ministério da Saúde estabelece o limite máximo de tolerância (LMT) de 1,0 mg/kg para o arsênio em peixe e produtos da pesca, 0,5 mg/kg para o mercúrio para o chumbo 2,0 mg/kg e cádmio 1,0 mg/kg. Em relação ao As, 100% das amostras encontram-se acima do LMT. O presente estudo sugere a importância dos ensaios físico-quimicos, microbiológicos e de metais pesados na avaliação da qualidade do polvo para consumo humano. É imprescindível um esforço em conjunto dos órgãos de pesquisa, de fiscalização e instituições relacionadas à capacitação dos manipuladores do pescado visando garantir o oferecimento de um alimento, não só de alto valor nutricional, como é o polvo, mas com qualidade assegurada.
  • DOI: 10.11606/T.9.2016.tde-03082016-121404
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Ciências Farmacêuticas
  • Data de criação/publicação: 2009-09-21
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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